Caminhões terão horários registrados

26/05/10- 18:08

Terminais de contêineres do Porto de Santos terão de implantar sistemas de controle de chegada e saída de caminhões, determinou o Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

A resolução, que disciplina o serviço obrigatório, deve ser publicada nas próximas semanas e entrará em vigor imediatamente. O objetivo desses sistemas é cobrar os terminais que demoram para atender os caminhoneiros. Há registros de veículos que esperam cerca de 20 horas para ingressar em pátios para retirar ou deixar uma carga.

Cada terminal terá de registrar e entregar ao motorista o horário de chegada na fila, o momento de entrada na instalação, a hora da saída da área e a liberação definitiva.

"Se tiver 10 quilômetros de fila, por exemplo, lá no final vai ter alguém do terminal para registrar a hora em que o caminhão chegar", afirmou o presidente do CAP, Sérgio Aquino. Uma minuta da resolução do órgão será formulada e enviada, nos próximos dias, aos conselheiros para avaliação. Assim que houver a resposta, a norma será editada e passará a valer.

"Mas os terminais já terão ciência disso para começar a preparar seus sistemas, porque isso não vai retroceder agora", explicou Aquino. A implementação do controle de chegada e saída dos terminais já vinha sendo estudada pelo CAP, mas foi definida após o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, participar da sessão e expor os problemas enfrentados.

SOLUÇÃO CONJUNTA

Além do sistema de horários, o CAP ainda deliberou que a Codesp deve buscar apoio das prefeituras da região e das autoridades de trânsito para melhorar os acessos ao Porto. Com os terminais, a Companhia Docas terá de reavaliar os processos operacionais.

"A Codesp vai ter que avaliar, por exemplo, em que condições está ocorrendo o funcionamento do gate de frota própria. Qual sua condição? Como isso se justifica?", disse Aquino. O gate de frota própria do terminal é dedicado exclusivamente aos seus veículos. Ou seja, os caminhões que não são da empresa, mas que vão levar cargas a suas instalações, acabam preteridos no momento da entrega.

Aquino concluiu que, nas próximas reuniões, até que os problemas viários do Porto melhorem, o presidente do Sindisan integrará o conselho. O sindicalista terá de apresentar relatórios sobre a situação de acesso em cada terminais do complexo.

Fonte: A Tribuna