LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 31.03.2011

RESOLUÇÃO DC/ANVISA 1.324/2011
Determina, como medida de interesse sanitário, a suspensão da fabricação, importação, distribuição, comércio e uso, em todo o território nacional, do produto DIETRINE em suas diversas denominações (DIETRINE PHASEOLAMIN, DIETRINE FIMBRIATA etc.), fabricados e/ou importados por empresa (s) desconhecida(s), por não possuírem registros nesta Agência.
PORTARIA SDP 188/2011
Autoriza a emissão de Notas do Tesouro Nacional - Série "I", NTN-I, no valor de R$ 2.945.697,32 (dois milhões, novecentos e quarenta e cinco mil, seiscentos e noventa e sete reais e trinta e dois centavos), referenciadas a 15 de março de 2011, a serem utilizadas no pagamento de equalização das taxas de juros dos financiamentos à exportação de bens e serviços brasileiros amparados pelo Programa de Financiamento às Exportações - PROEX.

Brasil vai vistoriar alimentos do Japão

Autor(es): Isabel Fleck
Correio Braziliense - 31/03/2011

Ameaça nuclear
Importações e bagagem passarão por controle de radiatividade nos portos e aeroportos.

A partir de segunda-feira, o governo brasileiro passará a monitorar os alimentos importados do Japão e intensificará a inspeção sobre a bagagem que chega com passageiros vindos do país em voos comerciais. A decisão foi tomada ontem, em reunião no Ministério da Saúde, com representantes do Ministério da Agricultura e da Pesca, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O objetivo é verificar a quantidade de radiação presente nos alimentos que vêm de áreas próximas à usina de Fukushima 1 (Daiichi), danificada após o terremoto seguido de tsunami, ocorrido há 20 dias. A definição brasileira saiu no mesmo dia em que o Japão lançou um apelo à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que a comunidade internacional não imponha restrições “injustificáveis” a seus produtos.

Estado é campeão em royalties sobre o petróleo e o gás

Autor(es): Cláudia Schüffner | Do Rio
Valor Econômico - 31/03/2011

Mais do que a "cidade maravilhosa" elogiada pelo presidente Barack Obama e cantada em prosa e verso, o Rio de Janeiro é, incontestavelmente, a capital da energia do Brasil e tão cedo não perderá o posto. A cidade do Rio abriga hoje os escritórios das principais empresas de petróleo do Brasil e tem a sede da Petrobras, terceira maior empresa de energia do mundo em valor de mercado (PFC Energy) e 15ª maior empresa integrada de petróleo no ranking global da "Petroleum Intelligence Weekly".

Um novo Código Comercial para o Brasil

Autor(es): Fábio Ulhoa Coelho
Valor Econômico - 31/03/2011

O Brasil está prestes a receber novos e expressivos investimentos. Fomos a última economia a entrar, e a primeira a sair, da segunda mais grave crise do capitalismo. Vamos abrigar, quase simultaneamente, os dois mais importantes eventos esportivos do mundo - a Copa da Fifa, em 2014, e a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016. Negócios relacionados à extração de petróleo na camada pré-sal já se instalam e vitalizam importantes setores da economia. Necessitamos continuar reforçando nossa infraestrutura, atraindo, assim, a atenção de investidores do mundo todo.

A má notícia está na questão institucional. Não bastam, para bem acolher os investimentos que se avizinham, as favoráveis condições econômicas que todos identificam. É necessário, também, que a lei discipline, com clareza, direitos e obrigações de investidores e empresários, para que o investimento se submeta a regras seguras, claras, modernas e adequadas.

O Brasil precisa de um novo Código Comercial. O atualmente em vigor, editado em 1850, ainda no tempo do Império, teve suas normas, de tempos em tempos, transpostas para outras leis. Hoje, resume-se a aspectos do comércio marítimo, como fretamentos, arribadas forçadas e contratos de seguros para o mar. Sociedade anônima, falência e os principais títulos de crédito e contratos empresariais estão regidos por leis próprias, enquanto o Código Civil cuida do empresário individual, da sociedade limitada e outros temas.

Certidões estão disponíveis na internet

Autor(es): Luciana Otoni | De Brasília
Valor Econômico - 31/03/2011

A partir de amanhã, os contribuintes pessoa jurídica poderão solicitar a certidão negativa de débito tributário ou a certidão positiva com efeito de negativa, emitida para as empresas com dívidas em discussão judicial, por meio da página da Receita Federal na internet (www.receita.fazenda.gov.br). Os dois documentos de regularidade fiscal possuem prazo de validade de seis meses.

Brasil quer exportar moda, alimentos e energia para a China

Autor(es): Sergio Leo | De Brasília
Valor Econômico - 31/03/2011

Moda, equipamentos de infra-estrutura, energia, alimentos e tecnologia serão os setores prioritários no esforço de encontrar compradores na China para produtos brasileiros de maior valor agregado, informou ontem o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério de Relações Exteriores, Norton Rapesta. A Agência de Promoção de Exportações (Apex), segundo o coordenador de Acesso a Mercados, Ricardo Santana, também promoverá seminários com potenciais clientes para exportadores de calçados, componentes de calçados e joias, e alimentos, como carnes, frutas, café, laticínios, mel e vinho.

Área de atração

Autor(es): Heloisa Magalhães e Chico Santos | Do Rio
Valor Econômico - 31/03/2011

Caiu como um pote de ouro no compartimento do ego brasileiro a declaração do presidente americano, Barack Obama, tanto em Brasília como no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, de que "o futuro já chegou" para o Brasil. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, puxou o pote para dentro de casa: "Se o Brasil é esse país que o presidente Obama está dizendo, o Rio é hoje o melhor lugar para se investir nesse país", afirma, ressaltando que a cidade e o Estado vivem um momento praticamente inédito de conjugação de fatores positivos para a atração de investimentos.

Fazenda e Receita Federal unidas contra a sonegação

Autor(es): Diego Amorim
Correio Braziliense - 31/03/2011

O Governo do Distrito Federal criou mais uma ferramenta antissonegação. Convênio de cooperação técnica firmado ontem entre a Secretaria de Fazenda e a Receita Federal permitirá o cruzamento de dados fornecidos pelos contribuintes. O intercâmbio inédito tentará evitar divergências de informações referentes a dados cadastrais e econômicos-fiscais. O objetivo é fortalecer a fiscalização sobre o pagamento de tributos administrados pelos dois órgãos.

Vendas até US$ 50 mil são facilitadas

Valor Econômico - 31/03/2011

A logística de entrega de um produto é um item essencial para o sucesso do exportador. Como as pequenas empresas têm uma estrutura menor, exportar diretamente exige a procura de um serviço especializado que possa fazer toda a operação de recebimento e entrega do produto ou a formação de consórcios e cooperativas.

Mercosul - ou vai ou racha

Autor(es): Paulo Nicola Venturelli, Pedro de Camargo Neto e Renato Henz
O Estado de S. Paulo - 31/03/2011

No momento em que o Mercosul comemora 20 anos e, infelizmente, convive com crises diárias no comércio Brasil-Argentina, é obrigatória uma profunda reflexão sobre a integração entre os quatro países.

O fortalecimento do Mercosul teria importante efeito positivo para a região, ampliando sua inserção nos fluxos do comércio mundial, principalmente como provedor imbatível de cereais, oleaginosas e proteína animal. Por outro lado, o bloco se apresenta como demandante no mercado de insumos e de investimento em infraestrutura, tendo em vista a movimentação dessa produção e de seus insumos e equipamentos, cuja fabricação se encontra distribuída pelo subcontinente.

Americanos avançam na exportação de etanol

Autor(es): Inaê Riveras | Reuters, de São Paulo
Valor Econômico - 31/03/2011

As exportações de etanol dos Estados Unidos em 2011 deverão ultrapassar o volume recorde do ano passado, já que o combustível continua relativamente mais barato no mercado internacional do que o etanol brasileiro feito a partir de cana-de-açúcar, afirmou John Litterio, diretor de vendas de combustíveis renováveis da maior cooperativa americana, a CHS.

Ministério da Agricultura prevê freio na alta do etanol em até 20 dias

Autor(es): agencia o globo: Eliane Oliveira
O Globo - 31/03/2011

BRASÍLIA. A escalada dos preços do álcool - que chegou a R$2,797 nas bombas no Rio, como mostrou O GLOBO ontem - deverá ser interrompida dentro de 15 a 20 dias, quando diversas usinas já estarão em operação de moagem da safra de cana-de-açúcar. A previsão é do secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. Ele admitiu que a oferta de etanol não atende completamente à demanda interna, mas assegurou que não haverá surpresas até a situação se normalizar, como a redução da mistura de álcool anidro à gasolina, para ampliar a oferta de álcool hidratado (combustível) no mercado, ou a taxação da exportação de açúcar, evitando-se, assim, desabastecimento doméstico.

Faturamento da ArcelorMittal cresceu 20% no Brasil em 2010

Autor(es): César Felício | De Belo Horizonte
Valor Econômico - 31/03/2011

A ArcelorMittal do Brasil divulgou ontem que conseguiu uma receita operacional líquida de R$ 16,9 bilhões, um resultado 20% superior ao obtido em 2009, ano marcado pela recessão econômica global. Segundo a siderúrgica multinacional, foram comercializadas 10,6 milhões de toneladas de aços longos e planos, uma alta de 12,2%. O resultado não chegou a ser comemorado pela empresa, a julgar pela mensagem da administração que acompanhou a publicação anteontem dos resultados de 2010 em jornais de Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES).

"Ao contrário do que se previa, o ambiente para os nossos negócios no período se mostrou bastante desafiador, particularmente pelo aumento frequente dos preços do minério de ferro e do carvão mineral e pela crescente importação de aço por consumidores brasileiros", diz o texto. O balanço da Arcelor Mittal divulgado ontem não consolida os resultados da divisão de mineração do grupo Arcelor.

Avicultores do Nordeste negociam importação de milho da Argentina

Autor(es): Mauro Zanatta | De Brasília
Valor Econômico - 31/03/2011

Os produtores de aves do Nordeste enfrentam um grave dilema para abastecer 100 milhões de frangos com milho geneticamente modificado da Argentina. Diante da necessidade de importar a matéria-prima a preços razoáveis, os avicultores da região correm o risco de ter suas cargas rejeitadas nos portos pelas autoridades brasileiras.

Obama quer cortar em 1/3 a importação de petróleo

Autor(es): Alex Ribeiro | De Washington
Valor Econômico - 31/03/2011

Numa resposta política aos recentes aumentos no preço da gasolina, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem um plano para reduzir em um terço as importações de petróleo em pouco mais de uma década. O governo americano segue, porém, disposto a diversificar seus fornecedores de petróleo, comprando mais de países como o Brasil, apesar das críticas que Obama recebeu por aqui por ter oferecido apoio para desenvolver a produção no pré-sal.

Crédito é ferramenta para exportar mais

Autor(es): Adriana Aguilar | Para o Valor, de São Paulo
Valor Econômico - 31/03/2011

Se, no mercado doméstico, crédito é uma palavra essencial para ampliar a capacidade de produção ou permitir maior capital de giro para tocar o dia a dia do negócio, no comércio exterior não é diferente. Os principais bancos oferecem diversas linhas de financiamento, tanto destinadas a propiciar recursos aos exportadores para a produção da mercadoria quanto para a comercialização de seus produtos embarcados no exterior. Há crédito também para a promoção comercial, com foco na participação em eventos e feiras no exterior, o que ajuda o empreendedor a formar uma rede de contatos internacionais interessados em comprar seu produto.

Inflação e otimismo

O Estado de S. Paulo - 31/03/2011

A inflação deve ficar em 5,6% este ano e aproximar-se do centro da meta, 4,5%, só no fim de 2012, segundo o novo cenário básico do Banco Central (BC). Apesar disso, há um certo otimismo na edição de março do Relatório de Inflação, um amplo panorama econômico divulgado a cada três meses pela autoridade monetária. De acordo com as projeções do relatório, a política fiscal será executada com rigor e produzirá o superávit primário estipulado para o ano, de R$ 117,9 bilhões, cerca de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o crescimento econômico será suavemente reduzido para 4%, a demanda interna será acomodada e a economia global continuará em recuperação. O buraco nas contas externas aumentará mais lentamente que em 2010 e será facilmente financiado graças, principalmente, ao ingresso de investimentos diretos.

Porto de Lisboa marca presença na Intermodal South America 2011 com foco nos negócios com empresas de exportação do Brasil

Inteligemcia - 30/03/2011

O Porto de Lisboa vai participar pelo quarto ano consecutivo da Intermodal South América, que se realiza este ano de 5 a 7 de abril, no ExpoTransamerica, em São Paulo. Durante o evento, estarão presentes representantes da Administração do Porto de Lisboa e de empresas que operam em seus terminais. O Porto de Lisboa afirma sua importância nas principais rotas marítimas do Atlântico e sua posição fundamental para o alargamento do seu hinterland na Península Ibérica. Integrado na Plataforma Logística de Madrid desde 2006, o Porto de Lisboa é líder português em movimento de carga contentorizada e de granéis agro-alimentares.

LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 30.03.2011

PORTARIA SECEX 12/2011
Estabelece os critérios para alocação da cota para importação estabelecida pelo art. 3º da Resolução Camex nº 18/2011, para papel cuchê, conforme descrito no "Ex" 001 do código NCM 4810.13.90.
PORTARIA MS 621/2011
Torna pública a proposta do Projeto de Resolução "Notificação Prévia de Exportação de Efedrina, Pseudoefedrina e as Especialidades Farmacêuticas que as contenham".
PORTARIA MS 622/2011
Torna pública a proposta do Projeto de Resolução "Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos e Produtos para Diagnóstico de Uso In Vitro (Revogação das Res. GMC Nº 04/95, Nº 38/96, Nº 65/96 e Nº 131/96)".
PORTARIA MS 623/2011
Torna pública a proposta do Projeto de Resolução "Regulamento Técnico MERCOSUL sobre Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes (Revogação das Res. GMC nº 92/94 e nº 66/96)".
RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL 430/2011
Altera a data de aniversário contratual da Empresa Força e Luz Urussanga - EFLUL, de 30 de março para 14 de agosto, e prorroga a vigência das tarifas e da TFSEE estabelecidas pela Resolução Homologatória nº 955/2010, bem como da quota mensal da RGR da concessionária, fixada mediante o Despacho SFF n. 946/2010.
OS ALF/PORTO DO RIO DE JANEIRO 02/2011
Revoga a Ordem de Serviço ALF/RJO nº 6/2010, que regulamentava o procedimento de verificação de autenticidade de procuração pública no âmbito da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto do Rio de Janeiro.

TRF vai contra Vale em caso de tributação de unidades no exterior

Autor: Téo Takar
Valor Econômico - 29/03/2011

SÃO PAULO - A mineradora Vale informou que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) teve posição desfavorável à empresa no julgamento de mandado de segurança obtido contra a tributação dos lucros de empresas coligadas e controladas no exterior.

Guerra fiscal chega ao iogurte e Danone prevê aumento de preços

Autor(es): Cynthia Malta | De São Paulo
Valor Econômico - 30/03/2011

Os efeitos da guerra fiscal entre os governos tucanos de São Paulo e Minas Gerais chegaram ao mercado de iogurtes. A Danone, líder do segmento, com 37% das vendas nacionais, está estudando de que forma vai reajustar os preços, numa faixa entre 4% e 14%, caso os dois Estados mantenham os decretos que beneficiam os fabricantes locais em detrimento de produtos feitos fora de suas fronteiras.

Dólar ignora IOF e cai a R$ 1,654

Correio Braziliense - 30/03/2011

Mesmo após o anúncio da taxação de empréstimos no exterior com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — mais uma tentativa de inibir a valorização do real —, o dólar fechou na mínima em mais de três semanas frente à moeda nacional. A cotação da divisa norte-americana recuou 0,48% ontem, fechando a R$ 1,654. Foi a menor cotação desde 4 de março, quando encerrou o dia a R$ 1,645. Aos olhos dos analistas de mercado, quem tinha dólares aproveitou para vendê-los, já que as incertezas das últimas semanas, depois do baixo impacto da medida governamental, dissiparam-se.

Câmbio sob suspeita

Autor(es): Victor Martins
Correio Braziliense - 30/03/2011

Ministério Público quer saber se o BC perde com transação envolvendo cotação futura e taxa Selic.

O Banco Central está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Com a autoridade monetária intervindo na trajetória do dólar por meio de swaps cambiais — operações nas quais o mercado paga ao BC a variação da moeda norte-americana e recebe, em troca, a taxa básica de juros (Selic) —, os procuradores decidiram averiguar se está ocorrendo prejuízo aos cofres públicos. A investigação já dura quase três anos e tem rendido diversos encontros entre o procurador responsável pelo caso, Bruno Acioli, e membros da instituição. Aldo Mendes, diretor de Política Monetária e responsável pelas operações, é um dos mais preocupados. A depender do desfecho da investigação, ele poderá ser nominalmente responsabilizado pelas perdas.

Porto de Santos terá estudo para melhorar logística

Autor(es): Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos
Valor Econômico - 30/03/2011

De olho nos projetos de infraestrutura necessários para agilizar o fluxo de cargas nos acessos ao porto de Santos, o governo alemão está financiando um estudo que listará alternativas de obras a serem licitadas pela Secretaria de Portos (SEP).

Ontem, o ministro alemão do Transporte, Construção e Desenvolvimento Urbano, Peter Ramsauer, esteve em Santos acompanhado de uma comitiva composta por representantes de instituições financeiras e de empresas, como a Siemens, interessadas em participar das soluções para o maior porto da América Latina.

Rio, um porto para o futuro

Autor(es): Mario Garnero
O Estado de S. Paulo - 30/03/2011

Às vezes um projeto econômico e urbano captura a imaginação e as atenções de todo um país - e do mundo. Assim foi com Canary Wharf, em Londres, ou com Puerto Madero, em Buenos Aires. Ou ainda com as belas Ramblas e o Porto Olímpico de Barcelona. Este é bem o caso do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Desejada desde fins dos anos 70 e elaborada em projetos da prefeitura desde 2000, a revitalização da zona portuária do Rio já está saindo do papel. Ponto fundamental para dar sentido concreto a esse projeto de dimensão internacional para o Brasil foi o acordo - e a harmonia - entre o poder municipal e os governos federal e estadual.

Com a permissão para construir em terrenos que pertencem em 62% à União, promove-se um verdadeiro renascimento da cidade a partir de sua base histórica, em bairros como Gamboa, Santo Cristo e Caju, além de São Cristóvão. Ao sobrevoar toda a área se tem a dimensão do desafio. No total, o Porto Maravilha prevê a utilização de 489 mil m2 com potencial de construção - uma área total de aproximadamente 5 milhões de m2. Isso equivale a 2 vezes Canary Wharf ou 10 vezes Puerto Madero.

O Rio está aprendendo com outras cidades. Adapta experiências de sucesso e evita erros cometidos em Baltimore, Barcelona, Buenos Aires, Hong Kong, Cidade do Cabo e Roterdã.

Está difícil frear a demanda

Autor(es): Rolf Kuntz
O Estado de S. Paulo - 30/03/2011

A economia vai bem, a inflação assusta e a política monetária parece ter produzido pouco resultado até agora. A atividade continua forte, o salário cresce e o crédito se expande. A indústria paulista faturou no mês passado 5,3% mais que em janeiro e 13,8% mais que um ano antes, descontada a inflação. O faturamento real no primeiro bimestre foi 10,7% superior ao de janeiro e fevereiro de 2010. Os trabalhadores participaram da festa. Em fevereiro, o bolo do salário real foi 3,4% maior que em janeiro e 3,5% superior ao de igual mês do ano passado. No bimestre, o bolo salarial superou por 2,4% o de um ano antes. Detalhe importante: os dados de janeiro foram revistos para mais. A aceleração em fevereiro, portanto, foi maior do que teria sido se os números preliminares do começo do ano estivessem certos. O novo levantamento foi divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Meta é combater a inflação

Autor(es): Vicente Nunes
Correio Braziliense - 30/03/2011

Captação de US$ 38,5 bilhões em 2011 está minando os efeitos da política monetária tocada pelo Banco Central.

A decisão do governo de taxar em 6% os empréstimos de até 360 dias tomados por bancos e empresas no exterior tem como objetivo reforçar o combate à inflação, que caminha rapidamente para o teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%. Depois de vasculharem as operações, técnicos do Ministério da Fazenda e do BC descobriram que várias companhias estavam pegando dinheiro lá fora para especular com seus estoques. Ou seja, como vinham pagando, em média, juros de apenas 3% ao ano, mantinham as mercadorias nos galpões por um período, apostando que as venderiam mais à frente a preços maiores. Além disso, as empresas estavam financiando diretamente o comércio e os consumidores, driblando as restrições de crédito impostas pelo BC para conter a demanda e a carestia que assusta a população.

Com IOF, governo quis mirar dólar e inflação

Autor(es): Claudia Safatle e Luciana Otoni | De Brasília
Valor Econômico - 30/03/2011

O encarecimento dos empréstimos externos contratados por empresas e bancos, com a incidência do IOF de 6% nas operações de até 360 dias, a partir de hoje, é uma medida para conter a excessiva apreciação do real e representa, também, mais um torniquete na política de controle da inflação, na avaliação do governo.

A medida, publicada no Diário Oficial da União, ontem, conforme antecipou o Valor, tem caráter inclusive macroprudencial e deverá produzir múltiplos efeitos, tais como: redução da posição em câmbio das empresas; diminuição das captações externas das empresas não financeiras para financiamentos de fornecedores e formação de estoques; arrefecimento das captações externas dos bancos como "funding" para a expansão do crédito interno; e aumento do alcance da política monetária, já que a tributação onera a busca de alternativas aos empréstimos à taxa Selic.

Brasil admite discutir acordo com os EUA

Valor Econômico - 30/03/2011

O Brasil admite examinar a negociação de um acordo comercial com os Estados Unidos, embora ainda mantenha esperança de evitar o fiasco da Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Não temos problema de nossa parte, os americanos é que têm com suas barreiras comerciais e resistência (de liberalização) no Congresso", afirmou o assessor internacional do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia.

Depois do novo impasse sobre Doha, na semana passada, negociadores americanos falaram informalmente na cena comercial que agora se poderia, inclusive, examinar uma discussão bilateral entre o Brasil e os EUA. Na prática, os problemas que bloqueiam Doha persistiriam também.

Restrição no RS

Valor Econômico - 30/03/2011

A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul reeditou ontem uma portaria de 2007 que restringe a entrada, no Estado, de carne bovina e bubalina com osso proveniente de todas as regiões do país. A norma havia sido revogada em dezembro de 2010, mas foi reeditada para "prevenir qualquer contaminação do rebanho gaúcho", informou a secretaria. O produto só poderá ingressar no Estado por cinco corredores sanitários, com autorização prévia da Gerência de Defesa Animal da secretaria, embalado e lacrado como a carne destinada à exportação.

Brasil firma acordo de colaboração sanitária com a China

Autor(es): Lígia Formenti
O Estado de S. Paulo - 30/03/2011

O Brasil e a China firmaram um acordo de colaboração na área sanitária. Um dos objetivos do trato, estabelecido na semana passada, é melhorar a fiscalização da qualidade das substâncias importadas daquele país e usadas na fabricação de remédios pelo Brasil. O que é muita coisa: 80% dos insumos importados usados em remédios no País vêm da China.

A China, além de ser o maior fornecedor, é também o país campeão de reclamações. Das notificações recebidas pela Anvisa sobre insumos de medicamentos reprovados pelos fabricantes, 22% são relativas a produtos chineses. Em seguida estão produtos indianos, com 17%, e vindos dos EUA, com 6%.

Dos insumos chineses reprovados, 87% se referem a substâncias ativas dos remédios e 13%, a outros produtos usados na composição dos medicamentos.

Enrolando-se mais

Coluna Brasil S.A - Antônio Machado
Correio Braziliense - 30/03/2011

Distorções do IOF, um imposto regulatório, aprofundam contradições do modelo econômico e social.

O dinheiro de tributo regulatório, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é sempre providencial, como a rifa premiada ou a herança inesperada para alguém com a corda no pescoço.

Acionado em situações que requeiram a intervenção regulatória do governo, como se fez no ano passado contra a enxurrada de dólares para aplicação na bolsa e em renda fixa, o IOF também tem ajudado a tirar os governantes do sufoco, como quando o Senado, no fim de 2007, acabou com a “provisoriedade permanente” da CPMF.

COMBUSTÍVEIS SOBEM MAIS E PRESSIONAM A INFLAÇÃO

COMBUSTÍVEL SEM TRÉGUA
Autor(es): agencia o globo:
O Globo - 30/03/2011

Gasolina passa de R$3 e álcool sobe 13% este ano. Alta terá impacto na inflação

CAE aprova mais dois nomes para o Cade

Autor(es): Juliano Basile | De Brasília
Valor Econômico - 30/03/2011

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, ontem, a indicação de mais dois integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, com isso, completou o "plenário de doutores" do órgão antitruste que será responsável por decidir as principais fusões e aquisições do país. Falta apenas a aprovação dos nomes no plenário - votação que foi adiada por causa da morte de José Alencar, vice-presidente da República entre 2003 e 2010.

Os dois aprovados - o advogado Marcos Paulo Veríssimo e o economista Elvino de Carvalho Mendonça - são professores e doutores pela USP e pela UnB. Eles vão fazer parte de um plenário composto de sete integrantes, no qual todos têm doutorado e atuação universitária.

Petrobras pode importar mais gasolina se etanol não baixar

Autor(es): Chico Santos | Do Rio
Valor Econômico - 30/03/2011

A Petrobras conta com o rápido desfecho do conflito na Líbia e com o início em abril da safra 2011 de etanol do Centro-Sul para não precisar aumentar nem o preço nem a quantidade importada de gasolina. O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, contudo, não descarta a possibilidade de fazer nova importação além do 1,5 milhão de barris previstos para chegar em abril.

"Tudo leva a crer que em abril haverá redução do preço do etanol. Se não acontecer, vamos importar mais (gasolina)", afirmou. Costa disse que a importação já contratada virá, basicamente, dos Estados Unidos, mercado que está com excedente de gasolina atualmente. Durante a escassez de etanol do ano passado a Petrobras importou 3 milhões de barris de gasolina.

Venezuela deixa de auditar dado de petróleo

Valor Econômico - 30/03/2011

O governo da Venezuela vai parar de publicar os dados auditados pelo seu Ministério do Petróleo com suas exportações de petróleo e de produtos petroquímicos. Com isso, porá fim a uma prática mensal que começou dois anos atrás.

"Deste mês em diante, não mais faremos ou publicaremos os dados de exportação e importação ou os certificados do mercado doméstico", disse o ministério, em uma nota oficial. As autoridades venezuelanas não especificaram as razões.

O novo Código de Mineração e os royalties

Autor(es): Ricardo Madrona e Luiz Felipe Noronha
Valor Econômico - 30/03/2011

O projeto de lei sobre o novo Código de Mineração deverá ser devolvido nas próximas semanas para apreciação da Casa Civil, conforme estima o Ministério das Minas e Energia (MME). O código substituirá a lei vigente (Decreto-lei nº 227, de 1967) e tem por objetivos desburocratizar os procedimentos relacionados às concessões de alvarás e autorizações de pesquisa e exploração mineral, bem como aumentar o efetivo poder fiscalizatório por parte dos órgãos públicos.

Documentação errada atrasa carga no Porto de Santos

Do Metro Santos
economia@eband.com.br

Cerca de 24% dos contêineres que ultrapassam o tempo de permanência necessário nos terminais do Porto de Santos apresentam erros na documentação. A afirmação foi feita em reunião no Comus (Comitê de usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo).

Segundo a Alfândega do Porto de Santos, que escoa quase um quarto da balança comercial, para a carga ser liberada dos terminais, a documentação é enviada por agentes de importação e despachantes aduaneiros.

Caso haja divergência nos dados a carga é retida. No ano passado, o tempo médio que um equipamento permaneceu nos terminais marítimos de Santos foi de quase 12 dias, com picos de 19 dias para um contêiner deixar o terminal após o desembarque do navio.


Com pátios lotados, o terminal perde a eficiência. Para o presidente do CAP (Conselho de Atividade Portuária), Sérgio Aquino, os erros tendem a ocorrer quando o próprio cliente visa economizar. “De fato, temos várias fragilidades no sistema, e devemos facilitar e agilizar algumas questões burocráticas, mas a autoridade não gera documentação, e sim o usuário”, pondera.

Outro aspecto lembrado por Aquino é a operação 24 horas do Porto, que não é totalmente utilizada. “Das 22h às 5h pouquíssimas operações são feitas”.

LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 29.03.2011

Decreto 7.456/2011
Altera o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.
Portaria DRF/SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 58/2011
Delega competências para a prática dos atos que menciona.
Portaria IRF/CORUMBÁ 32/2011
Disciplina as rotinas operacionais de controle fiscal de mercadorias a exportar na jurisdição da IRF/Corumbá-MS, nas operações de transbordo, baldeação, descarregamento e armazenamento, de acordo com a Instrução Normativa (IN) RFB nº 1.094, de 6 de dezembro de 2010, e revoga as Portarias IRF/COR nº 15, de 8 de Fevereiro de 2011, e IRF/COR nº 27, de 16 de Março de 2011.
Portaria SDA/MAPA 78/2011
Submete à Consulta Pública, pelo prazo de 60 dias o Projeto de Instrução Normativa que aprova as Normas de Produção e Comercialização de Material de Propagação de Batata (Solanum tuberosum L).

DECRETO No. 7456 DE 28/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - PR
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00002 EM 29/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------
Altera o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.

Aumento do IOF faz compras no exterior ficarem mais caras

Juízes federais ameaçam fazer greve

O Globo - 29/03/2011

Associação pede que salários passem de R$22,9 mil para R$26,3 mil

BRASÍLIA. Para aumentar seus salários dos atuais R$22,9 mil para R$26,3 mil, juízes federais resolveram fazer uma paralisação no próximo 27 de abril. A decisão foi tomada pelos magistrados ligados à Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que pede reajuste de 14,8% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - teto do funcionalismo público - ao qual estão vinculados. Além do reajuste salarial, os juízes pedem direitos iguais aos do Ministério Público Federal, e maior segurança, já que magistrados têm sido vítimas de atentados de organizações criminosas.

A legislação - Sigilo Fiscal

Correio Braziliense - 29/03/2011

A Secretaria da Receita Federal editou portaria na qual flexibiliza a definição de sigilo fiscal. A norma foi divulgada no Diário Oficial da União depois de ter perdido a validade a medida provisória que tornava mais rigorosas as punições para servidores que acessarem sem motivos dados dos contribuintes. Confira os principais pontos:

Confidencial
Estão protegidas informações sobre situação econômica e financeira do contribuinte, além da natureza e do estado do negócio ou atividade. Esses dados são utilizados para analisar arrecadação e fiscalização — incluindo nas aduanas.

Detalhes
Informações sobre renda, rendimentos, patrimônio, débitos, créditos, dívidas e movimentação financeira ou patrimonial são sigilosas. Dados fornecidos pela empresa sobre os clientes, volume de compra e venda, além de contratos, também estão protegidos. A confidencialidade abrange também informações cruciais sobre processos industriais, fórmulas, composição e fatores de produção.

Paraísos fiscais

Valor Econômico - 29/03/2011

Operações realizadas entre empresas brasileiras e companhias não vinculadas que operam no regime de "holding company", criado por uma lei de Luxemburgo de 31 de julho de 1929, não precisam mais ser submetidas às regras de preço de transferência - normas para evitar que companhias transfiram lucros para o exterior para reduzir a carga tributária no Brasil. Também não precisam cumprir as novas regras de subcaptalização - limitação a empréstimos obtidos com empresas vinculadas no exterior. A Receita Federal, a pedido do governo de Luxemburgo, excluiu o país da lista de paraísos fiscais prevista na Instrução Normativa nº 1.037, de 2010. Os governos da Suíça, Holanda e Dinamarca pediram o mesmo. O governo de Luxemburgo comprovou a extinção do regime de holding company de 1929 e o término de seu período de transição. A exclusão foi oficializada pelo Ato Declaratório Executivo da Receita Federal nº 3, de 2011. Suíça e Holanda estão suspensas da lista. Em relação à Dinamarca, a Receita já especificou melhor quais são as sociedades holding que fazem parte da listagem: só as que não têm "atividade econômica substantiva".

Dado sigiloso pode ser obtido por procuração

Autor(es): Eduardo Rodrigues
O Estado de S. Paulo - 29/03/2011

MP que dificultava a liberação de informações "caducou"; Fisco precisará aceitar somente procuração comum, que tem menor grau de segurança

Para que não haja a impressão de um "vácuo legal" com eventuais vazamentos de dados protegidos por sigilo fiscal, a Receita Federal publicou ontem uma nova portaria definindo os procedimentos que eram adotados antes de outubro do ano passado, quando a Medida Provisória (MP) n.º 507 aumentou o rigor para as punições envolvendo esse tipo de ocorrência.

Com a publicação, é possível obter dados sigilosos por meio de uma simples procuração. Como a MP "caducou" ao não ter sido aprovada pelo Congresso, o Fisco revogou na semana passada a portaria que disciplinava o acesso às informações sigilosas de acordo com as mudanças adotadas, após a descoberta de um esquema de vazamento de dados fiscais no período eleitoral.

Alta do IOF já pode ser repassada por operadoras

Autor(es): Eduardo Rodrigues e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 29/03/2011

Apesar do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas compras internacionais com cartão de crédito só ter efeito real daqui a 30 dias, o custo do reajuste de 2,38% para 6,38% na alíquota do tributo já pode ser repassado pelas operadoras de cartão aos consumidores nas compras realizadas desde ontem. A Receita Federal, no entanto, alertou os usuários para que fiquem atentos e monitorem os procedimentos de cobrança no período de transição.

O câmbio valorizado veio para ficar

Autor(es): Pedro C. Ferreira e Renato F. Cardoso
Valor Econômico - 29/03/2011

As dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira diante da valorização do real observada nos últimos anos têm suscitado um acalorado debate sobre as alternativas de política econômica disponíveis para se deter - ou, pelo menos, retardar - a suposta desindustrialização do país. Identificar as causas da valorização da moeda brasileira, bem como avaliar se elas tendem a se dissipar no futuro, constituem o primeiro passo para uma discussão objetiva do problema.

CNI intensifica ações contra a criação da CSS

Autor(es): Raquel Ulhôa | De Brasília
Valor Econômico - 29/03/2011

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) decidiu intensificar a articulação no Congresso Nacional contra a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), nos moldes da extinta CPMF. Também é prioridade do setor em 2011 trabalhar pela aprovação de propostas que aumentem o controle dos gastos públicos e melhorem a competitividade dos produtos nacionais.

O projeto de lei complementar no qual está prevista a criação da CSS aguarda votação final na Câmara e está embutido na regulamentação da Emenda 29. A proposta é uma das 21 que integram a pauta mínima da Agenda Legislativa da Indústria, a ser lançada hoje pela CNI. A agenda é composta de mais de 100 projetos em tramitação no Congresso e interessam à indústria, mas o foco da mobilização do setor (a favor ou contra a aprovação) estará sobre a pauta mínima. São as que têm maior impacto no ambiente de negócios, positivo ou negativo.

Resultados da visita de Obama

Autor(es): Rubens Barbosa
O Estado de S. Paulo - 29/03/2011

Pelas perspectivas que promete abrir no médio e no longo prazos, a recente visita do presidente Barack Obama ao Brasil, embora no contexto das incertezas e instabilidades globais, poderá ser um marco no relacionamento Brasil-EUA.

Essas relações apresentam três desafios a serem enfrentados e superados para que os entendimentos se possam desenvolver de maneira pragmática e positiva: de que forma conectar interesses comuns, como modificar as percepções de Washington em relação ao Brasil e como definir o que o nosso país quer da relação com os EUA.

Sai autorização para seguradora transferir risco

Autor(es): Fernando Travaglini | De Brasília
Valor Econômico - 29/03/2011

As seguradoras e resseguradoras sediadas no Brasil já podem transferir até 20% dos riscos assumidos no mercado brasileiro para o exterior, desde que o façam para o mesmo grupo econômico a que pertencem. A medida, antecipada pelo Valor, altera a determinação anterior, que proibia qualquer transferência dos prêmios correspondentes a cada cobertura contratada.

Açúcar ganha mais força na malha da ALL

Autor(es): Fernando Lopes | De São Paulo
Valor Econômico - 29/03/2011

O açúcar deverá "desbancar" a soja em grão e se tornar o produto - agrícola ou não - mais transportado pela malha ferroviária da América Latina Logística (ALL) nos próximos anos. Parceria recém-assinada pela companhia com a trading asiática Noble Group deverá agregar um movimento de mais 1 milhão de toneladas em São Paulo a partir de 2012, turbinando um volume total de açúcar que em 2011 já deverá ultrapassar a barreira de 10 milhões de toneladas.

De acordo com Leandro Martins Gasparin, gerente comercial das áreas de açúcar e fertilizantes da ALL, com esse aumento a tradicional liderança da soja em grão nos trilhos da empresa deverá ser superada, ainda que a soma entre os movimentos de grão e farelo tenda a manter o chamado "complexo soja" no topo. Tanto o açúcar quanto a soja vivem bons momentos nos mercados internacional e doméstico, com demanda aquecida e preços nas alturas.

ALL e Noble já mantêm acordo para o escoamento de grãos, e o estreitamento da relação a partir da nova parceria em açúcar segue um dos modelos preferidos pela companhia de logística. O Noble fará um investimento de R$ 45 milhões em um terminal de transbordo ferroviário de açúcar em Votuporanga, no interior paulista, e a ALL, em contrapartida, garantirá o escoamento do produto, sobretudo ao porto de Santos, para exportação.

Dilma, a Vale e a sombra de Lula

O Estado de S. Paulo - 29/03/2011

O governo venceu, depois de quase dois anos e meio de campanha contra o presidente da Vale, maior empresa privada do Brasil, segunda maior mineradora do mundo e líder mundial na extração de minério de ferro. Roger Agnelli deixará o posto, afinal, porque o Bradesco desistiu de enfrentar a pressão do Palácio do Planalto. Sem a rendição do banco, o governo federal não teria os votos necessários para forçar a mudança na cúpula da empresa. O acordo foi concluído em reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o presidente do conselho de administração do Bradesco, Lázaro Brandão, na sexta-feira. O resultado já era dado como certo por fontes do governo e, portanto, não surpreendeu. Mas a disputa em torno da presidência da mineradora foi muito mais que um embate entre dois grandes acionistas. Este é o ponto mais importante, não só para os diretamente envolvidos nesse confronto, mas, principalmente, para o País.

Petrobras compra pouco, dizem fabricantes

Valor Econômico - 29/03/2011

O slogan do Prominp, programa coordenado pelo governo para aumentar a participação das empresas nacionais como fornecedoras de bens e serviços da indústria de petróleo e gás, diz: "Agora é assim - tudo que pode ser feito no Brasil tem que ser feito no Brasil." Na prática, porém, especialistas e fornecedores da indústria reconhecem que não tem sido assim.

Os fabricantes reclamam que a Petrobras, maior operadora e investidora do país, compra muito pouco no mercado brasileiro. A estatal informa que houve grande aumento na política de contratação de bens e serviços no setor de óleo e gás. Segundo a empresa, o conteúdo nacional mínimo passou de 57%, em 2003, para 77,34%, em 2010. Mas para fontes do setor o percentual é menor porque equipamentos importantes, incluindo grandes máquinas dos módulos de geração e compressão das plataformas, por exemplo, continuam sendo importados.

Reconhecimento da China não está na pauta da visita

Autor(es): Lisandra Paraguassu
O Estado de S. Paulo - 29/03/2011

Presidente Dilma Rousseff não vai discutir o reconhecimento da China como economia de mercado na viagem que fará ao país em abril

Às vésperas da primeira visita da presidente Dilma Rousseff à China, as barreiras comerciais, reclamações mútuas e problemas entre os países ressurgem na pauta diplomática. Um dos pontos mais difíceis dessa relação, herança do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, já tem uma resposta brasileira - e não é a esperada pelos chineses. O Brasil, na viagem da presidente, de 11 a 15 de abril, não vai reconhecer o país como economia de mercado.

A promessa, feita em 2004 por Lula na primeira visita oficial do presidente chinês, Hu Jin Tao, ao Brasil, não está nem na pauta brasileira da viagem de Dilma nem na agenda imediata do governo. "Isso é um problema para o governo brasileiro, mas ninguém quer mexer agora. Não há nenhum clima no País hoje para levar isso adiante", disse ao Estado um diplomata.

SP joga duro para manter investimento

São Paulo aposta em receita própria para investir R$ 80 bilhões
Autor(es): Marta Watanabe e Cristiane Agostine | De São Paulo
Valor Econômico - 29/03/2011

O governo de São Paulo pretende sustentar seu plano de investir R$ 80 bilhões nos próximos quatros anos com aumento de arrecadação, privatização e ampliação da capacidade de endividamento. O secretário de Fazenda, Andrea Calabi, disse ao Valor que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deverá manter a polêmica política de substituição tributária, além de aumentar a fiscalização e adotar "tolerância zero" com benefícios ilegais.

A única privatização possível, da Cesp, tentada sem sucesso no governo José Serra, entrará novamente nos planos do governo para a obtenção de receitas extraordinárias. Além disso, está em estudos a proposta de cobrança de contribuição de melhoria - um tributo previsto na Constituição Federal, mas praticamente inexplorado por Estados e municípios. A ideia é instituir a cobrança nas obras de infraestrutura previstas para a Copa de 2014.

Calabi defende a aplicação de alíquota de 4% de ICMS nas operações interestaduais como forma de amenizar a guerra fiscal, ainda que isso possa provocar alguma perda de receita. Ele entende que o crescimento econômico do país acabará compensando essa perda.

Álcool aumenta 9,2% no Distrito Federal

Autor(es): Jorge Freitas
Correio Braziliense - 29/03/2011

Alta foi registrada na semana passada e deixou o DF no primeiro lugar do ranking da carestia.

O álcool subiu 6% somente na semana passada, com a maior expansão sendo registrada no Distrito Federal, onde o aumento foi de 9,2%, seguido de Paraná (6,69%), Santa Catarina (6,62%) e São Paulo (6,43%). Em todo o país, apenas em Mato Grosso compensa abastecer carros flex com o combustível, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em 25 estados e no DF, o preço do etanol representa mais do que 70% do valor da gasolina, o que torna o derivado de petróleo mais vantajoso nos tanques.

PETROLEIRAS NÃO CUMPREM ÍNDICES DE CONTEÚDO LOCAL

PETROLEIRAS TEMEM MULTA POR FALTA DE CONTEÚDO LOCAL
Autor(es): Francisco Góes e Cláudia Schüffner | Do Rio
Valor Econômico - 29/03/2011

A Petrobras e outras empresas de petróleo que operam no Brasil estão com dificuldades para cumprir exigências de conteúdo nacional nas compras de bens e serviços acertadas em contratos com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O descumprimento do conteúdo nacional pode levar a multas pesadas.

Os técnicos da ANP identificaram "desconformidades" na efetivação dos percentuais de conteúdo local em 70 contratos assinados em 2003 e 2004, que estão em fase de exploração. Entre estes, 44 são da Petrobras, 12 da Petrogal, 9 da Petrosinergy e um da Shell, entre outros. A situação pode se agravar ainda mais quando forem analisadas as obrigações assumidas pelas concessionárias a partir de 2005, quando o governo adotou mudanças na forma de aferição do conteúdo local que dificultaram, segundo as petroleiras, o cumprimento das obrigações contratuais.

Demissão explosiva

Autor(es): Vinicius Sassine
Correio Braziliense - 29/03/2011

Presidente da Comissão de Energia Nuclear perde o cargo depois de matérias do Correio sobre falhas na gestão de usinas. Ministério da Ciência e Tecnologia evita o tema, mas anuncia reforço na segurança dos locais.
Necessário", sem ferir as normas de segurança: usina opera há 10 anos sem licença definitiva.

Brasileiros devem se esforçar mais para vender à China, diz embaixador do país

Autor(es): Sergio Leo | De Brasília
Valor Econômico - 29/03/2011

A China se dispõe a um esforço para garantir "comércio equilibrado" com o Brasil, garantiu o embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqui. Os chineses querem garantir uma "relação duradoura", e ficaram contentes em saber que 300 empresários integrarão a comitiva da presidente Dilma Rousseff, que visitará a China entre os dias 11 a 15 de abril, disse. "A indústria brasileira tem muita competitividade. Não estou de acordo em que, frente à China, os brasileiros não tenham competitividade", disse. "Mas os brasileiros têm de fazer um esforço, ver como está o mercado na China, como concorrer."

Escrituração Contábil Digital

--------------------------------------------------------------------------------
NSTRUÇÃO NORMATIVA No. 1139 DE 28/03/2011
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00047 EM 29/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------

Altera a Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007, que institui a Escrituração Contábil Digital; a Instrução Normativa RFB nº 949, de 16 de junho de 2009, que regulamenta o Regime Tributário de Transição (RTT) e institui o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT); a Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, que aprova o Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT); a Instrução Normativa RFB nº 989, de 22 de dezembro de 2009, que institui o Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real (e-Lalur); e dá outras providências.

Embalagem com país importador errado não gera pena de perdimento

Conjur - 28/03/2011

Erro de informação não gera pena de perdimento

A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça afastou a pena de perdimento decretada pela Receita Federal contra a Pronefro Brasil Ltda, empresa responsável pela importação de agulhas destinadas a hemodiálise. O entendimento foi o de que a falsidade da procedência dos produtos importados pela empresa não ficou caracterizada.

LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 28.03.2011

Ato CN 09/2011
Prorroga vigência da Medida Provisória nº 517, de 30 de dezembro de 2010, que "Dispõe sobre a incidência do imposto sobre a renda nas operações que especifica, altera as Leis nºs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 11.478, de 29 de maio de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, institui o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares - RENUCLEAR, dispõe sobre medidas tributárias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga, altera a legislação relativa à isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM, dispõe sobre a extinção do Fundo Nacional de Desenvolvimento, e dá outras providências" tem sua vigência prorrogada pelo período de sessenta dias.
ADE RFB 03/2011
Exclui o regime de holding company de 1929, de Luxemburgo, da relação de regimes fiscais privilegiados prevista na Instrução Normativa RFB Nº 1.037, de 4 de junho de 2010, que relaciona países ou dependências com tributação favorecida e regimes fiscais privilegiados, tendo em vista sua extinção e o término de seu período de transição estabelecidos pela legislação daquele país.
Decreto 7.454/2011
Altera o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.
Decreto 7.455/2011
Altera o Decreto nº 6.707, de 23 de dezembro de 2008, que dispõe sobre a incidência do IPI, da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre produtos dos Capítulos 21 e 22 da TIPI, e o Decreto nº 5.062, de 30 de abril de 2004, que dispõe sobre o coeficiente para redução das alíquotas específicas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS de que tratam os arts. 51 e 52 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.
Portaria ALF/AEROPORTO DE VIRACOPOS 117/2011
Altera a Portaria ALF/GAB/VCP nº 251, de 27 de novembro de 2009, que delega competência aos Inspetores, Chefes e Auditores para a prática nos atos que menciona e dá outras providências.
Portaria ALF/PORTO DE ITAJAÍ 01/2011
Delega competências para a prática dos atos que menciona.
Portaria ALF/PORTO DE SALVADOR 12/2011
Delega competência para a prática dos atos que menciona.
Portaria DRF/ITABUNA 23/2011
Delega competências, em especial ao Chefe da Seção de Fiscalização - SAFIS, para a prática dos atos que menciona.
Portaria IRF/ILHÉUS 01/2011
Dispõe sobre a execução dos serviços aduaneiros, o controle aduaneiro, as ações de vigilância e delega e subdelega competências no âmbito da jurisdição da Inspetoria da Receita Federal do Brasil em Ilhéus.
Portaria INMETRO 149/2011
Aprova o "Regulamento Técnico MERCOSUL sobre Controle Metrológico de Produtos Pré-Medidos Comercializados em Unidades de Comprimento e em Número de Unidades de Conteúdo Nominal Igual".
Portaria RFB 2.344/2011
Disciplina o acesso a informações protegidas por sigilo fiscal constantes de sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

SIGILO FISCAL - PORTARIA PUBLICADA NO DOU DE 24/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------
PORTARIA No. 2344 DE 24/03/2011
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00033 EM 28/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------
Disciplina o acesso a informações protegidas por sigilo fiscal constantes de sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 44 do Anexo I ao Decreto Nº 7.386, de 8 de dezembro de 2010, e o art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF Nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 198 da Lei Nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e na Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

Art. 1º O acesso a informações protegidas por sigilo fiscal, constantes de sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), observará as disposições desta Portaria.

HOLDING COMPANY - ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO No. 03 DE 25/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00033 EM 28/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------

Exclui o regime de holding company de 1929, de Luxemburgo, da relação de regimes fiscais privilegiados prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.037, de 4 de junho de 2010, que relaciona países ou dependências com tributação favorecida e regimes fiscais privilegiados, tendo em vista sua extinção e o término de seu período de transição estabelecidos pela legislação daquele país.

Brasil cresce mais por se ligar a emergentes

Autor(es): Alex Ribeiro | De Washington
Valor Econômico - 28/03/2011

Estudo divulgado ontem durante o encontro anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Canadá, divide as economias da América Latina em dois grandes grupos - o do Brasil, que cresce de forma mais acelerada, e o do México, que anda um pouco mais devagar.

A turma do Brasil, formada basicamente pelos países da América do Sul, deve avançar com uma velocidade média de 4,4% ao ano entre 2010 e 2011, é exportadora de commodities e se beneficia dos laços comerciais com o resto do mundo emergente. Já a turma do México, que avança com uma velocidade de 2,7%, inclui economias da América Central e do Caribe, quase só vende para países desenvolvidos e é bastante dependente de remessas de seus imigrantes.

Reajuste do frete poderá ser revisto

Valor Econômico - 28/03/2011

Usuários do Transporte de Carga (Anut) a encaminhar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um documento solicitando a reavaliação dos ajustes praticados junto às concessionárias. A agência, por sua vez, acatou o pedido e já adiantou que irá acelerar o processo, pois já tem em mãos um estudo feito, em 2010, sobre custos que permitirá ao órgão rever a tarifa de imediato. " Temos instrumentos necessários para fazer a revisão agora", garante Bernardo Figueiredo, diretor geral da ANTT.

Novo ICMS afeta faturamento da indústria em março

Autor(es): Daniele Madureira | De São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

Fabricantes de eletrodomésticos estão preocupados com os efeitos colaterais gerados pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a linha branca no Estado de São Paulo. A medida, que consta do decreto assinado pelo governo no dia 18 e que foi publicada no Diário Oficial dia 23, teve o objetivo de oferecer vantagens para a indústria se fixar ou ampliar a produção no Estado. No entanto, a mudança começa a valer apenas em 1º de abril e, até lá, o faturamento dos pedidos dos varejistas está suspenso.

''Governo deveria incentivar serviços''

Autor(es): Lu Aiko Otta - O Estado de S.Paulo
O Estado de S. Paulo - 28/03/2011

Para Carmen, em vez de escolher setores e dar subsídios, o Brasil deveria criar uma "política industrial de serviços"

ENTREVISTA - Carmen Pagés-Serra, pesquisadora do BID

O Brasil corre o risco de olhar para o lado errado, se formular sua nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), prometida para abril, preocupado apenas com a indústria e as exportações. A grande fonte de crescimento para o País e para a região está no setor de serviços, afirma a pesquisadora Carmen Pagés-Serra, chefe da Unidade de Mercado de Trabalho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ela coordenou as pesquisas que resultaram no livro A Era da Produtividade, publicada pelo banco no ano passado. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Estado por telefone, de Washington, DC.

G-20 avalia medidas contra oscilação de preços

Autor(es): Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico - 28/03/2011

O G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo, começou a examinar propostas concretas para estimular o aumento da produção agrícola em países em desenvolvimento em uma tentativa de evitar novas crises de oferta e de preços. O objetivo é anunciar as medidas no encontro de ministros do grupo, que será realizada de 22 e 23 de junho, em Paris.

Empréstimo externo deve ter 6% de IOF

Valor Econômico - 28/03/2011

O governo taxará empréstimos externos de bancos e empresas com uma alíquota provável de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para conter a forte expansão do endividamento do setor privado, que cresceu US$ 16,4 bilhões só no primeiro bimestre. O aumento do IOF para compras com cartão de crédito no exterior, de 2,38% para 6,38% e a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas são medidas que já foram assinadas pela presidente Dilma Rousseff. A taxação dos empréstimos externos estava, na sexta-feira, em fase final de discussão para também ser aprovada.

Brasil vira modelo para a América Latina

Autor(es): Denise Chrispim Marin
O Estado de S. Paulo - 28/03/2011

Estudo do BID revela que, depois da crise financeira mundial, os países latino-americanos alinhados com o Brasil se beneficiarão mais do que os alinhados ao padrão mexicano

Paises latino-americanos afinados ao modelo econômico brasileiro se beneficiarão mais das vantagens da nova ordem mundial do que os alinhados ao padrao mexicano. Em tom de profecia, essa constatação emerge no estudo "Uma Região, Duas velocidades", a ser divulgado hoje pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em sua reunião anual em Calgary, no Canadá.

Norte-Sul forma espinha dorsal do novo sistema

Autor(es): Lauro Veiga Filho | Para o Valor, de São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

Lançada há 24 anos, ainda no governo do ex-presidente José Sarney, e interrompida em seguida por conta de uma licitação com cartas marcadas, a Ferrovia Norte-Sul deverá ser finalmente entregue no segundo semestre deste ano, segundo espera a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias. As obras em fase de conclusão correspondem ao traçado originalmente aprovado para a ferrovia, que parte de Açailândia, no Maranhão, e vai até Anápolis, em Goiás, cobrindo 1.574 quilômetros.

Transnordestina iniciará as operações em 2013

Autor(es): Rosangela Capozoli | Para o Valor, de São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

A Ferrovia Nova Transnordestina terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano. A perspectiva é que no prazo de oito anos - a partir de 2013 - já opere com uma carga de 25 milhões. "O projeto começa com 5 milhões de toneladas anualmente, e o aumento será sucessivo até atingir sua maturidade", diz Tufi Daher Filho, presidente da Transnordestina Logística S/A.

Depois de atrasos, a ligação entre Ilhéus e Barreiras começa este ano

Autor(es): Lauro Veiga Filho | Para o Valor, de São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

As obras da primeira etapa da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), ligando Ilhéus a Barreiras, no oeste baiano, foram iniciadas neste ano, com atraso. O prazo inicial de partida - julho de 2010 - já havia sido prorrogado para outubro. Contemplada no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como prioritária para o futuro do sistema de logística do País, a Fiol continua gerando polêmicas, com potencial para afetar o planejamento estabelecido pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, estatal que detém a concessão da via.

DECRETO No. 7454 DE 25/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - PR
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00003 EM 28/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------

Altera o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF.

Suco de laranja: Brasil tem vitória contra EUA na OMC

Autor(es): Eliane Oliveira
O Globo - 28/03/2011

Depois do embate em torno do algodão, americanos perdem nova disputa, mas ainda podem recorrer

Pouco mais de um ano após considerar ilegais os subsídios concedidos aos produtores de algodão pelo governo americano, a Organização Mundial do Comércio (OMC) deu mais um ganho de causa ao Brasil, em uma ação movida contra os Estados Unidos envolvendo o suco de laranja brasileiro. O painel (comitê de arbitragem) que examinou o caso confirmou que as medidas antidumping aplicadas à importação do produto pelos EUA são incompatíveis com as normas internacionais.

Brasil ignora minerais estratégicos

Autor(es): Marcelo Portela - O Estado de S.Paulo
O Estado de S. Paulo - 28/03/2011

Na contramão do mundo, governo não investe em pesquisa e exploração de terras raras, cada vez mais usadas na indústria de ponta

A recente aquisição de 15% de participação na produtora mineira de nióbio Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por um grupo asiático é um claro indicativo do interesse que algumas nações têm em matérias-primas estratégicas. Mas o Brasil parece seguir na contramão. Pelo menos em relação às terras raras, conjunto de elementos químicos usados principalmente na indústria de alta tecnologia e que são igualmente estratégicos.

União vai usar resolução do Senado contra guerra fiscal

Autor(es): Raquel Ulhôa | De Brasília
Valor Econômico - 28/03/2011

O governo pretende combater a guerra fiscal nas importações - medida considerada prejudicial à indústria nacional - por meio de uma resolução do Senado Federal. Já tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa um projeto de resolução que zera a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados.

Proposta encampada pela Fazenda encontra muita resistência nos Estados

Autor(es): Marta Watanabe | De São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

A intenção do governo federal de usar a proposta do senador Romero Jucá para acabar com a guerra fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação deverá enfrentar resistências. Para Santa Catarina a medida é muito radical e deveria haver uma regra de transição. O Espírito Santo diz que a medida reduzirá de 35% a 30% o ICMS repassado aos municípios capixabas pelo governo estadual. O governo paulista apoia a iniciativa, embora já tenha sugerido algumas mudanças no texto de resolução do senador.

UE anuncia nova cota para açúcar

Autor(es): Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico - 28/03/2011

A União Europeia anunciou na sexta-feira medidas preventivas para assegurar o abastecimento de açúcar em seus 27 países-membros em 2012. O pacote abre uma cota de importação de 400 mil toneladas, a partir de janeiro, destinadas ao setor industrial, basicamente para o segmento químico. Além disso, a UE, que tem autorização da OMC para exportar 1,3 milhão de toneladas, decidiu dar o sinal verde para apenas 650 mil toneladas de açúcar e outras 50 mil de isoglucose.

Viúvas da Alca erram o alvo

Sergio Leo
Valor Econômico - 28/03/2011

A visita de Barack Obama ao Brasil teve um efeito sobrenatural entre alguns analistas da política externa brasileira: ressuscitou a discussão sobre a Área de Livre Comércio das Américas, Alca, a fracassada tentativa de criar um bloco comercial entre países dos três subcontinentes americanos. Foi uma oportunidade perdida, acusam esses analistas, ao apontar o fiasco das negociações como demonstração do sentimento antiamericano que teria movido o governo anterior. É uma análise tão equivocada quanto perigosa, porque desvia as atenções sobre as verdadeiras causas do mau desempenho do comércio com os Estados Unidos.

Importação segura repasse de preços ao varejo, aponta estudo

Autor(es): Sergio Lamucci | De São Paulo
Valor Econômico - 28/03/2011

A forte alta de preços de insumos industriais nos últimos meses não se traduziu em alta expressiva da inflação dos bens finais no atacado e nem dos produtos industriais no varejo. Enquanto a variação em 12 meses das cotações de bens intermediários e matérias-primas para a indústria no Índice de Preços ao Produtor Amplo - Disponibilidade Interna (IPA-DI) passou de 1,4% em fevereiro de 2010 para 11,6% em fevereiro deste ano, a dos bens finais nesse indicador saiu de uma queda de 0,5% para uma alta modesta de 2% no período, mostra um estudo do Credit Suisse. No caso dos bens industriais do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o nível de inflação em 12 meses caiu de 3,9% em fevereiro do ano passado para 3,6% em fevereiro de 2011, na mesma base de comparação.

Guerra fiscal contra o Brasil

O Estado de S. Paulo - 27/03/2011

A guerra fiscal dos portos - estímulos à importação concedidos por alguns Estados - deve ter custado ao País 711 mil empregos entre 2001 e 2010 e uma perda de produção equivalente a R$ 55,4 bilhões, segundo cálculo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A produção perdida nesse período equivale ao produto bruto anual de uma cidade como Campinas. A perda acumulada de empregos poderá chegar a 1,5 milhão até 2015, segundo o estudo, se essa política for mantida. Esse trabalho da Fiesp contém a primeira estimativa dos estragos causados à economia brasileira pela política de importação mantida por dez Estados sem autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária(Confaz), único órgão competente para aprovar a concessão de certos tipos de incentivos estaduais.

BC refaz contas de aplicações do exterior

Autor(es): Patrícia Duarte
O Globo - 26/03/2011

Nova previsão reduz em 65% investimentos em ações e renda fixa este ano

Ao mesmo tempo em que espera mais investimentos estrangeiros produtivos no Brasil este ano, elevando as projeções de US$45 bilhões para a cifra recorde de US$55 bilhões, o Banco Central (BC) reduziu sensivelmente sua previsão de ingresso de aplicações externas nos mercados de ações e de renda fixa em 2011 - apenas US$15 bilhões, quase 65% menos que o cálculo anterior, de US$40 bilhões. Com isso, a margem para o Brasil financiar o rombo em sua conta corrente - formada pelas operações feitas pelo país com o exterior, como balança comercial e viagens internacionais - está se estreitando.

Gasto no exterior cresce e IOF sobe

Gasto em viagens ao exterior cresce 38%
Autor(es): Fabio Graner e Adriana Fernandes
O Estado de S. Paulo - 26/03/2011

Valor foi de US$ 3,07 bilhões em janeiro e fevereiro; despesas de estrangeiros no País cresceram só 8,5%, aumentando o déficit nessa conta

Fabio Graner e Adriana Fernandes

BRASÍLIA - O gasto dos brasileiros com viagens ao exterior somou no primeiro bimestre o valor recorde de US$ 3,07 bilhões, volume 38,3% superior ao de igual período do ano passado. Já as receitas de estrangeiros que visitam o Brasil cresceram em ritmo mais lento no período (8,5%), o que fez o déficit na conta de viagens atingir o valor também recorde de US$ 1,91 bilhão no bimestre - alta de 66,7% sobre igual período do ano passado.

LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 25.03.2011

Consulta Pública SDP 04/2011
Torna públicas as propostas de fixação/alteração de Processos Produtivos Básicos - PPB, que serão definidas pelos Ministros de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia.
IN IBAMA 02/2011
Prorroga o prazo de declaração do Formulário de Pilhas e Baterias, que compõe o Relatório Anual de Atividades 2011, ano-base 2010, até 21 de junho de 2011 para as empresas inscritas no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF.
IN RFB 1.138/2011
Dispõe sobre a utilização de formulário de declaração simplificada de importação, no caso em que especifica.
IN SDA/MAPA 13/2011
Aprova as normas sobre especificações, garantias, registro, embalagem e rotulagem dos inoculantes destinados à agricultura, bem como as relações dos micro-organismos autorizados e recomendados para produção de inoculantes no Brasil.
Portaria DRF/MACAÉ 27/2011
Torna sem efeito a Portaria DRF/MCE Nº 12, de 14 de março de 2011, a qual resolve que procedimentos simplificados para o despacho aduaneiro de exportação de petróleo em unidades de produção ou estocagem em águas jurisdicionais brasileiras estabelecidos pela IN SRF nº 363/2003, quando estiverem situadas na Bacia de Campos serão realizados pela DRF/Macaé e obedecerão ao disposto nesta Portaria.
Protocolo ICMS/CONFAZ 02/2011
Altera o Protocolo ICMS 42/09, que estabelece a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de CNAE e operações com os destinatários que especifica.
Resolução ANP 18/2011
Estabelece a especificação do etanol anidro combustível para comercialização em todo território nacional até 30 de abril de 2011.

"Não somos mais nem área de livre comércio"

Valor Econômico - 25/03/2011

Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia e pai do regime de convertibilidade que estabelecia paridade cambial de um por um entre peso e dólar, sempre foi temido no Brasil pelas medidas de exceção à Tarifa Externa Comum - pilar da união aduaneira do Mercosul - que defendia.

Hoje, o ex-ministro argentino diz que até o presidente do Brasil à época, Fernando Henrique Cardoso, era contra a adoção da TEC. Mas teria sido convencido, principalmente, pelo Itamaraty.

Valor: Olhando 20 anos depois, o Mercosul hoje representa o que o senhor visualizava na época?

Domingo Cavallo: Não é exatamente o que pensávamos. Na época, já havíamos decidido lançar o Plano de Convertibilidade, para atacar a nossa inflação, e achávamos que o Brasil também ia pelo mesmo caminho. Víamos um Mercosul completo, que fosse primeiro uma área de livre comércio e depois uma união aduaneira, mas principalmente com coordenação de política macroeconômica, talvez chegando a um regime monetário comum, inspirado pelo euro, que havia sido lançado pouco antes. Na primeira etapa do Mercosul, de 1991 até o Protocolo de Ouro Preto (1994), avançamos com sucesso. O Itamaraty insistia muito para que implementássemos a Tarifa Externa Comum.

Portugueses querem mais acesso ao mercado brasileiro

Autor(es): Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico - 25/03/2011

Quando desembarcar em Lisboa, na semana que vem, a presidente Dilma Rousseff vai ouvir muitas demandas de estímulo aos investimentos bilaterais, com empresas portuguesas tentando desesperadamente sair da recessão doméstica e entrar num mercado em expansão. Uma coligação de "salvação nacional" que eventualmente surgir das urnas, na próxima eleição, manterá um doloroso plano de austeridade com outra roupagem, e precisará da ajuda de amigos.

Diariamente, a embaixada brasileira em Lisboa recebe pedidos de informação de empresas para fazer negócios no Brasil, de um lado em razão das perspectivas da Copa do Mundo de futebol de 2014 e da Olimpíada de 2016, e cada vez mais pela situação econômica interna desastrosa.

A crise portuguesa está tão séria que até um projeto de comemorações portuguesas no Brasil em 2011 corre o risco de ser suspenso, por razões financeiras.

Preparem-se que a CPMF vem aí

Autor(es): Januario Montone
Correio Braziliense - 25/03/2011

Secretário municipal da Saúde de São Paulo, foi diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). É autor de Planos de saúde, passado e futuro

São tantos os desmentidos e tão evidente a coreografia que é só uma questão de tempo até que a CPMF ressuscite, seja com que nome for, até porque há motivação política suficiente e base objetiva para que isso ocorra.

NOVOS GOVERNADORES DÃO SEQUÊNCIA À GUERRA FISCAL

ESTADOS REDUZEM BASE DE CÁLCULO DO ICMS PARA BENEFICIAR INDÚSTRIAS
Autor(es): Marta Watanabe | De São Paulo
Valor Econômico - 25/03/2011

Com menos de três meses de governo, sete Estados - São Paulo, Acre, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Ceará - já ampliaram benefícios fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), indicativo de que a guerra fiscal continua nas novas administrações.

Além de prorrogar incentivos que reduzem a 7% ou 12% o imposto devido por fabricantes de artigos de couro, higiene pessoal, cosméticos, instrumentos musicais, brinquedos, alimentos e têxteis, São Paulo também instituiu novos benefícios. Reduziu a alíquota efetiva do imposto para 7% nas vendas das indústrias de linha branca. Fabricantes de compensados e laticínios também tiveram benefícios.

Os benefícios do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), concedidos nos primeiros meses do ano pelos novos governos estaduais, estão sendo dirigidos basicamente para as indústrias, por meio de reduções de base de cálculo e créditos presumidos. É o que mostra levantamento do escritório Machado Associados.

Aécio vê perdas para Minas e reage

Autor(es): Caio Junqueira | De Brasília
Valor Econômico - 25/03/2011

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), articulam uma reação política a duas decisões do governo federal que resultou em perdas para o Estado e benefícios para potenciais adversários políticos no futuro: os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da Bahia, Jaques Wagner (PT).

Aécio e Anastasia querem se articular com o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e empresários do Estado para pressionar a Petrobras a recuar da decisão de sustar o plano de construção de uma planta industrial para produção de ácido acrílico num projeto de ampliação da refinaria Gabriel Passos em Betim e Ibirité.

"O Mercosul ainda vale a pena"

Valor Econômico - 25/03/2011

Poucos funcionários públicos acompanharam tanto a infância e a adolescência do Mercosul quanto o embaixador José Botafogo Gonçalves. Aos 76 anos, ele agora preside o conselho curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Odebrecht compra controle da Mectron

Autor(es): Virgínia Silveira | Para o Valor, de São José dos Campos
Valor Econômico - 25/03/2011

O grupo Odebrecht deu ontem um importante passo para se consolidar no negócio de defesa. Depois de meses de negociação, formalizou a aquisição do controle acionário da Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial. O valor da operação não foi divulgado por ambos, mas pelo acordo a Odebrecht passou a deter mais de 50% do capital da Mectron.

Banco libera R$ 17,2 bi em créditos no 1º bimestre

Autor(es): Alexandre Rodrigues
O Estado de S. Paulo - 25/03/2011

Com mais da metade em financiamentos subsidiados pelo PSI, liberações apresentam crescimento de 7%

Puxado pelos financiamentos subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou o ano com alta de 7% nas liberações. Nos dois primeiros meses, o banco emprestou R$ 17,2 bilhões. Pouco mais da metade, R$ 9,7 bilhões, foi liberada pelas linhas do PSI para bens de capital, inovação e exportação. O programa foi prorrogado com reajuste das taxas.

Não há restrição a que parte das reservas financie no exterior o importador de bens industriais

Brasil S.A - Antônio Machado
Correio Braziliense - 25/03/2011

Além do trivial
Se com US$ 205 bilhões de reservas o país atravessou com relativa calma o baque do crédito devido ao abalo de Wall Street irradiado em setembro de 2008 para o mundo, com US$ 316,3 bilhões a posição atual do Banco Central, e crescendo todos os dias, há um excesso que só se explica pelo temor do governo com a apreciação cambial — a porteira pela qual pode passar a ruína da indústria nacional.

O BC compra dólares servindo-se de reais que o Tesouro obtém com a emissão de títulos de dívida ao custo dos juros básicos da Selic e os aplica normalmente em T-Notes dos EUA. Estes rendem ao redor de 3% a 4% ao ano. Os nossos... Bem, a Selic corrente está em 11,75% ao ano. E no próximo Copom deve ir a 12,25%. A taxa Selic é função das expectativas de inflação. Se essas perderem a referência dada pela Selic, a expectativa vira certeza. Esse é um dado da equação.

BNDES para maiores

Autor(es): agencia o globo: Henrique Gomes Batista
O Globo - 25/03/2011

Banco triplica na Era Lula e retoma ação de desenvolvimento. Mas apoio a grandes grupos é criticado

Quase três vezes maior que em 2002, o BNDES chegou ao fim da Era Lula com um perfil completamente diferente do que tinha durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Seu balanço de 2010, divulgado esta semana, confirma que se o apoio à privatização foi a marca do banco na gestão tucana, na era petista o BNDES retomou seu foco de agente de fomento, porém ficou marcado pela ajuda a grandes grupos, como Petrobras, JBS/Friboi, Braskem, AmBev, Vale e as empresas de Eike Batista. Mudou também o perfil dos segmentos atendidos. Se antes o grande "cliente" do BNDES eram as montadoras de automóveis, nos últimos oito anos empresas do setor de alimentos e de química e petroquímica ganham espaço e a Petrobras dominou, com folga, as liberações em 2009 e 2010: foram mais de R$50 bilhões.

Voto na ONU pode prejudicar comércio com Irã

Valor Econômico - 25/03/2011

Um certo distanciamento também comercial entre o Brasil e o Irã é admitido em círculos do governo brasileiro depois do voto ontem no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que ajudou a aprovar o envio de um relator para investigar possíveis violações em Teerã. Mas diferentes fontes minimizam o impacto nos negócios com Teerã, até porque o Irã está submetido a sanções do Conselho de Seguranças da ONU e os países podem comercializar pouco com o país.

O grosso das exportações brasileiras para o Irã é carne bovina. Essas exportações alcançaram US$ 802 milhões em 2010. Nos dois primeiros meses deste ano chegaram a US$ 151 milhões, numa alta de 46% em relação ao mesmo período de 2010.

Mais países barram alimentos

Autor(es): Tatiana Sabadini
Correio Braziliense - 25/03/2011

Rússia, Austrália, Canadá e Cingapura adotam restrições, com temor de contaminação radioativa. Césio e iodo são detectados em vegetais

Seis países já impuseram restrições à importação de alimentos do nordeste do Japão, onde cresce a cada dia a preocupação com a contaminação da comida produzida na região da usina nuclear de Fukushima. Após o alerta emitido pelo governo sobre os níveis anormais de iodo e césio radioativos em vegetais e até na água das torneiras de Tóquio, a população correu para os supermercados, na tentativa de estocar alimentos não perecíveis e garrafas de água mineral. Os danos causados à central de Fukushima pelo terremoto seguido de tsunami, no último dia 11, já provocaram seguidos incidentes de vazamento radioativo, e a situação ainda não foi controlada. Dos 50 funcionários que trabalham diretamente no resfriamento dos reatores atômicos, já considerados heróis no país, dois foram internados ontem com sintomas de intoxicação radioativa.

A angústia da indústria

Autor(es): Marcílio R. Machado
Valor Econômico - 25/03/2011

Em meados do século passado, muitos economistas já falavam sobre os riscos da perda de relevância da indústria em benefício dos serviços como geradores de riqueza. A maioria dos estudos tem como alvo o número de empregos gerados ou perdidos, níveis de renda, modelos de investimento, participação dos produtos manufaturados na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e nas exportações do país. O aumento de 14,5% nas exportações de commodities e a queda de 16% das exportações de manufaturados levantaram sérias preocupações a respeito do futuro do setor no Brasil.

Continua aquecido

Celso Ming
O Estado de S. Paulo - 25/03/2011

Quem olha de relance para a curva do desemprego que vai no gráfico ao lado pode ficar com a impressão de que a atividade econômica está em retração no Brasil. Mas é o contrário que está acontecendo.

A economia continua em franco crescimento. O que mudou foi apenas a velocidade. No ano passado o PIB avançou 7,5% e, neste ano, terá mais alguma coisa entre 4,0% e 4,5%.

Relutantes, mas unidos

Autor(es): Daniel Rittner | De Buenos Aires
Valor Econômico - 25/03/2011

A assinatura do Tratado de Assunção, documento que marca a entrada em vigência do Mercosul, completa 20 anos neste sábado, sem muitas celebrações. De US$ 2,3 bilhões em 1991, as exportações brasileiras para Argentina, Uruguai e Paraguai ultrapassam hoje US$ 23 bilhões por ano, mas representam uma proporção cada vez menor do comércio exterior do Brasil. No fim dos anos 90, o bloco chegou a absorver 14% das vendas brasileiras, mas agora representa 11%.

Para países da OMC, só um milagre salva Doha

Valor Econômico - 25/03/2011

Nova crise atingiu a combalida Rodada Doha, depois de dez anos de negociações Os principais países foram ontem ao diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, dar o recado: só um milagre permitirá um acordo global de liberalização agrícola, industrial e de serviços este ano, ou em futuro próximo.

"A situação é grave, precisamos refletir, fazer consultas internas para decidir o que fazer daqui para frente", reagiu o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, depois de se encontrar com Lamy, mostrando-se visivelmente frustrado.

Países vetam importação de alimentos japoneses

Valor Econômico - 25/03/2011

Alimentos produzidos no Japão já estão sendo vetados em vários países por causa do temor de contaminação radioativa. Algumas empresas também estão anunciando a transferência de parte de sua produção do Japão por causa da falta de energia.

A Rússia anunciou ontem a proibição de alimentos provenientes de quatro regiões japonesas próximas à usina nuclear de Fukushima Dai-Ichi - afetada pelo terremoto do dia 11 e de onde há vazamento de radiação.

Alfândega de Santos define metas para reduzir tempo de despacho

Autor(es): Andréa Campos
Aduaneiras - 24/03/2011

Alfândega do Porto de Santos estabeleceu como meta para o ano reduzir em 20% o tempo dos despachos de exportação e em 10% os procedimentos de importação. Para tanto, modernização de sistemas, maior qualificação do quadro de pessoal e integração entre os órgãos com atuação na Aduana serão essenciais para alcançar o resultado pretendido, segundo o inspetor-chefe da Alfândega de Santos, José Antonio Gaeta Mendes.

Atualmente, a média do tempo bruto de desembaraço aduaneiro na Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Santos, segundo dados da inspetoria, é de 4,1 dias no caso das importações e de 1,3 dia para as operações de exportação (veja quadro).

LEGISLAÇÃO COMÉRCIO EXTERIOR - 24.03.2011

IN RFB 1.137/2011
Aprova o programa gerador e as instruções de preenchimento do Demonstrativo do Crédito Presumido, versão 1.2 (PGD DCP 1.2).
Portaria Interministerial MDIC/MCT 72/2011
Estabelece os Processos Produtivos Básicos para os produtos CARTÕES INTELIGENTES (smart cards), industrializados no País, estabelecidos pela Portaria Interministerial MDIC/MCT nº 15, de 20 de janeiro de 2009.
Portaria Interministerial MDIC/MCT 73/2011
Estabelece os Processos Produtivos Básicos para os produtos CARTÕES INTELIGENTES (smart cards), industrializados na Zona Franca de Manaus, estabelecidos pela Portaria Interministerial MDIC/MCT nº 16, de 20 de janeiro de 2009.
Portaria SRRF/5ª RF 117/2011
Dispõe sobre a transferência temporária de competências e define atribuições entre unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal.
Resolução DC/ANVISA 10/2011
Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos importados e dá outras providências.
Resolução DC/ANVISA 11/2011
Dispõe sobre o controle da substância Talidomida e do medicamento que a contenha.

RESOLUÇÃO No. 10 DE 21/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------
AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITARIA - ANVISA
PUBLICADO NO DOU NA PAG. 00079 EM 24/03/2011
--------------------------------------------------------------------------------
Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos importados e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 1º de fevereiro de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, determino a sua publicação:

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece os requisitos mínimos para a garantia da qualidade de medicamentos importados, nos termos desta Resolução.

'ICMS/SP - Prorrogada os incentivos na aquisição de Ativo Imobilizado'

SpeedNews - 24/03/2011

Decreto nº 56.873, de 23.03.2011 – DOE SP de 24.03.2011

NOTA:

a) fica prorrogado até 31 de dezembro de 2012 o benefício que prevê, relativamente a operações com bens destinados à integração ao ativo imobilizado de estabelecimento industrial dos setores especificados no artigo acima referido, a suspensão do lançamento do imposto devido na importação de bens sem similar nacional, bem como o creditamento, integral e em uma única vez, do valor do imposto relativo à aquisição de fabricante paulista;

b) nas situações em que o estabelecimento adquirente do bem estiver em fase pré-operacional ou quando não tiver débitos do imposto em valor suficiente para absorver o crédito integral e imediato, poderá ser concedido regime especial para que o imposto incidente na saída do bem do estabelecimento do fabricante seja diferido para o momento em que ocorrer a saída do produto resultante da industrialização;

c) na hipótese de o bem não permanecer no ativo imobilizado do estabelecimento adquirente pelo prazo de quarenta e oito meses, deverá ser recolhida, mediante guia de recolhimento especial, a parcela correspondente ao período que faltar para completá-lo, relativamente ao imposto que tenha sido suspenso, creditado integralmente ou diferido;

d) são aperfeiçoadas as condições para a concessão do benefício, especialmente no que refere às situações em que o contribuinte possui débitos do imposto ou há autos de infração lavrados contra ele;

e) são acrescentadas cinco situações às quais aplicar-se-ão a suspensão, o diferimento e o creditamento integral e imediato de que trata o artigo ora alterado.

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – RICMS.

Receita revoga portaria sobre quebra de sigilo

Autor(es): agencia o globo: Martha Beck
O Globo - 24/03/2011

MP com maior punição perdeu validade; órgão estuda enviar novo texto

BRASÍLIA. Diante da perda de validade da Medida Provisória 507 - que fixava punições mais severas para a quebra de sigilo fiscal -, a Receita Federal foi obrigada a revogar ontem a portaria 2.166, que disciplinava a medida, e agora estuda como retomar o assunto. Uma possibilidade é enviar ao Congresso uma nova MP ou um projeto de lei nos mesmos termos da medida que foi derrubada.

Mercosul preocupa

Autor(es): Vera Batista
Correio Braziliense - 24/03/2011

Os países do Mercosul apresentaram, em 2010, inflação média de 8,4%, segundo aponta a Economist Intelligence Unit (EIU), o braço de análises da respeitada revista britânica The Economist. A alta no bloco é superior, se considerada toda a América Latina (5,8%), e, para 2011, a tendência é de que essa situação se mantenha — especialmente, devido ao ingresso da Venezuela.

Pelos cálculos de Robert Wood, analista sênior para a América Latina da EIU, o país de Hugo Chávez enfrentará uma elevação nos preços de 38,5%. Na Argentina, os índices subirão 12,7%; no Brasil, 5,9%; no Paraguai, 9%; e no Uruguai, 7,5%. “Não existe saída fácil para conter a inflação”, assegurou Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Juízes federais decidem hoje se entram em greve

Valor Econômico - 24/03/2011

Os juízes federais decidem hoje se entram em greve por aumento de salário ou se organizam uma paralisação marcada para o dia 24 de abril.

Importados terão novo controle

Autor(es): agencia o globo:Martha Beck
O Globo - 24/03/2011

Governo exigirá selos de qualidade. Produtos da China são principal alvo


BRASÍLIA. O governo já começou a preparar o Inmetro para colocar em prática seu plano de proteger a indústria nacional de "ataques" de mercadorias importadas, principalmente da China. Como antecipou O GLOBO, será feita uma lista de produtos que precisarão ter selos de qualidade para ingressar no mercado doméstico. Em reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), composto por empresários de diversos setores, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ontem que, em duas semanas, estará pronto o novo procedimento de controle.

Produto importado terá barreiras técnicas

Autor(es): Sergio Leo e Luciana Otoni | De Brasília
Valor Econômico - 24/03/2011

O governo adotará barreiras técnicas para conter o ingresso de importados industrializados no país e, já nas alfândegas, exigirá dos manufaturados fabricados no exterior padronização idêntica à requerida dos similares nacionais. A medida havia sido antecipada ao Valor, no início do mês, pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que obteve o apoio do Ministério da Fazenda para o endurecimento nas regras para importados.

A investida envolverá a Receita Federal e o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) em uma ação de defesa comercial a ser oficializada nas próximas semanas. Industriais que negociam a formatação da barreira técnica com o governo não descartam a possibilidade de adoção de medidas de caráter emergencial. Embora sejam dirigidas a todas as importações, as barreiras deverão afetar, principalmente, produtos vindos da Ásia, especialmente a China, fonte de grande quantidade de mercadorias de baixa qualidade, na avaliação de técnicos do governo.

Petróleo não pressiona inflação

Alberto Tamer
O Estado de S. Paulo - 24/03/2011

Essa é a conclusão da OCDE em projeções feitas sobre os efeitos do aumento dos preços do petróleo na inflação mundial, hoje oscilando em torno de 2,5%. O maior índice é da China, 5%. O estudo (oecd.org) leva em conta um preço de até US$150 neste ano e no próximo. Isso confirma projeções do Fed, banco central americano, para o qual as pressões inflacionárias não vêm do petróleo, mas se opõem a previsões pessimistas da maioria dos analistas e institutos de pesquisas.

Fluxo cambial bate em 2 meses e meio todo o ano passado

O Estado de S. Paulo - 24/03/2011

O fluxo cambial em março até o último dia 18 acumula saldo positivo de US$ 11,73 bilhões, segundo o Banco Central.

Mais uma vez, o destaque foi o fluxo no segmento financeiro, que registra investimentos, empréstimos, remessas de lucros, entre outros e teve superávit de US$ 8,54 bilhões. No segmento de comércio exterior, o saldo positivo no mês é de US$ 3,19 bilhões, sendo mais da metade obtido somente na semana passada (US$ 2,68 bilhões).

No acumulado do ano, os ingressos de dólares no País já somam US$ 34,66 bilhões, volume que supera em 42,3% o saldo líquido positivo do fluxo cambial em todo o ano de 2010.No segmento financeiro, o superávit no ano é de US$ 30,89 bilhões, também maior do que o verificado em todo ano de 2010 (US$ 26 bi).

Morosidade provoca alta dos custos nos portos brasileiros

Autor(es): Fernanda Pires | Para o Valor, de Santos
Valor Econômico - 24/03/2011

A recuperação dos volumes no comércio exterior brasileiro em 2010 impôs custos operacionais inéditos ao transporte marítimo de contêineres, por contraditório que possa parecer. O principal problema foi o hiato entre a infraestrutura portuária existente e a necessária para abarcar o inesperado salto de 22% na movimentação, que fechou em 4,7 milhões de contêineres ante queda de 15% em 2009. A Hamburg Süd, líder no transporte marítimo na maior parte dos tráfegos com o Brasil, calcula que teve custos adicionais de US$ 118,1 milhões decorrentes, principalmente, de atrasos na atracação dos navios e cancelamentos de escalas nos portos da costa nacional, que impuseram maiores gastos na rotação dos navios e perdas de receita.

Suspeita de vacina proibida contra aftosa põe sanidade animal em risco

Autor(es): Alexandre Inacio | De São Paulo
Valor Econômico - 24/03/2011

Embalagem de vacina contra aftosa da Biogénesis-Bagó fotografada em Taiwan

A sanidade animal da América do Sul pode entrar em estado de alerta. O Valor teve acesso a fotografias de embalagens de vacina contra febre aftosa que indicam a manipulação, na Argentina, de uma variedade exótica do vírus ao continente americano. As imagens dos frascos foram feitas em Taiwan, com rótulos do laboratório argentino Biogénesis-Bagó, para a proteção contra a variedade "O Taiwan" do vírus da febre aftosa, versão esta que não existe na região. Pela análise das fotos, fontes brasileiras indicam que o laboratório argentino estaria manipulando a versão do vírus com objetivo de produzir vacinas destinadas à exportação para países asiáticos, entre eles Taiwan.

Banco Mundial amplia crédito agrícola

Valor Econômico - 24/03/2011

O Banco Mundial aumentará os financiamentos para a produção agrícola nos países em desenvolvimento para tentar evitar crises e novas altas de preços no futuro, sinalizou o representante do banco na Europa, Carlos A. Primo Braga. Em entrevista ao Valor, o executivo informou que o Banco Mundial já elevou de US$ 2 bilhões para até US$ 6 bilhões os desembolsos anuais para produção agrícola em cinco anos, e que a tendência é de o montante continuar aumentando diante da demanda por alimentos.