O ESTADO DE S. PAULO - SP
Apesar da insistência dos jornalistas, Meirelles se recusou a dizer o nome do presidente do BC, cargo que ocupou de 2003 a 2010, no governo do ex-presidente Lula. "Não vou dizer quem é e quem não é. E se não é o presidente Tombini?", disse, quando questionado se Alexandre Tombini deve permanecer até o início de junho, quando está marcada a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão que reúne a diretoria do BC para decidir o rumo da taxa básica de juros.
O nome que concentra as apostas para a presidência do BC continua sendo o do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfjan, que foi diretor de Política Monetária do BC na gestão de Arminio. A grande resistência dele seria em relação à blindagem para assumir o cargo. Como o presidente do BC não terá mais o status de ministro, perderia o foro privilegiado. Meirelles disse que deve mandar proposta de emenda à Constituição (PEC) para garantir foro privilegiado para o presidente do BC e para toda a diretoria da instituição.
Se isso for resolvido, prova- Sem mudança Os atuais secretários do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, e da Receita Federal, Jorge Rachid, devem permanecer nos cargos atuais. velmente Goldfajn será anunciado. O presidente do Banco Brasil Plural, Mário Mesquita, e o economista do Banco Safra, Carlos Kawall, também estariam no páreo.
Na segunda-feira, Meirelles também vai anunciar o nome dos secretários da Fazenda e das presidências dos bancos públicos. Segundo ele, os executivos das instituições financeiras passarão pelo crivo dele e serão escolhidos segundo "critérios técnicos", independentemente da filiação partidária.
Para a Caixa, o nome certo é do ex-ministro Gilberto Occhi, que é funcionário de carreira do banco, no lugar da petista Miriam Belchior. No BNDES, no lugar de Luciano Coutinho, está cotado o atual superintendente da área de estruturação de projetos, Henrique Pinto.
O Banco do Brasil deve ficar mais algum tempo com Alexandre Abreu. Uma das opções para uma troca futura é Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central.
O único nome anunciado ontem foi o do secretário executivo, Tarcísio Godoy. Deve ser incorporado à sua equipe o ex-diretor do BC Carlos Hamilton como secretário de Política Econômica.
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