Dólar sobe pelo terceiro pregão e fecha a R$ 2,044

DO VALOR, EM SÃO PAULO

O dólar completa o terceiro pregão seguido de alta e marca nova máxima de fechamento para o mês de julho. No entanto, o movimento comprador pode ser considerado bem comportado.

O dólar comercial terminou o dia com leve alta de 0,10%, a R$ 2,044 na venda, depois de fazer máxima a R$ 2,053 (+0,54%). Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para agosto ganhava 0,26%, a R$ 2,0475, antes do ajuste final. Os negócios na BM&F encerram às 18 horas.

O motivo para a valorização "limitada" da moeda americana é a expectativa de que o Banco Central (BC) pode vir a mercado rolar os contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólar no mercado futuro) que vencem em 1º de agosto.

Se o BC não rolar os swaps o efeito líquido no mercado é de compra. Como a chance de atuação é grande, a formação de posição comprada (que ganha com a alta do dólar) ganha risco e perde potencial de retorno.

A demanda por dólar também perdeu força conforme as bolsas de valores aqui e no exterior reduziram as perdas na última meia hora de pregão.

Na agenda do dia, o BC atualizou os dados sobre o fluxo cambial até o dia 20 de julho. O fluxo está negativo em US$ 1,978 bilhão, com saídas pelas contas comercial e financeira.

O fluxo negativo resultou em queda na posição comprada dos bancos no mercado à vista. O estoque que estava em US$ 2,2 bilhões no fim de junho caiu para apenas US$ 134 milhões no mês até o dia 20.

Quanto menor a posição comprada dos bancos, maior a chance de o BC ter de vir a mercado vender dólares no mercado à vista, coisa que não acontece desde o começo de fevereiro de 2009.

No câmbio externo, o euro caiu 0,40%, a US$ 1,206, menor cotação dos últimos dois anos. A queda de preço do euro segue atrelada à piora de percepção do mercado com relação à Espanha, onde a bolsa de Madri voltou a fechar em baixa e o custo de financiamento do país fez nova máxima histórica a 7,6% (título de 10 anos).

Quanto mais sobe o custo, maior a probabilidade de o país ter de pedir um resgate nos moldes de Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre. A Itália também enfrenta maiores custos de financiamento, a taxa do papel de 10 anos foi a 6,5% a maior desde janeiro.

Enquanto o euro cai, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subiu 0,24%, a 83,95 pontos.

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