Fiscalização de aeronaves está sob controle, diz representante da Anac

Diretor Aeronavegabilidade da Anac rebateu críticas de usuários de que estaria faltando recursos humanos, ao ponto de prejudicar a aviação, para fiscalizar e analisar projetos.

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A falta de servidores na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é o principal problema apontado pelos usuários da aviação geral brasileira. De acordo com eles, o quadro reduzido impede uma fiscalização efetiva e rápida em aeronaves, além de atrasar a análise de processos.
“Tanto a aviação civil quanto a agrícola crescem em torno de 7% ao ano, índice maior que a média mundial, o que não acontece  com o quadro de funcionários da Anac”, queixou-se  o presidente  do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola  (Sindag), Nelson Antônio Paim.

Ele contou que após uma compra de aeronave, a agência demora cerca de quatro meses para inspecionar e liberar o uso dela no país.
De acordo com o diretor de Aeronavegabilidade da Anac, Cláudio Passos Simão, a  fiscalização em aviões é algo complexo e requer tempo. Atualmente a agência possui cerca de 1,1 mil servidores e, segundo ele,  seria necessário mais 600 servidores para acompanhar a demanda da aviação brasileira. Mesmo assim, ele nega que a quantidade atual de servidores prejudique a fiscalização das aeronaves.
Para o diretor-geral da Associação Brasileira das Empresas de Aviação Geral (Abag), o coronel aviador Ricardo Nogueira, além da carência de recursos humanos, são obstáculos ao desenvolvimento da aviação a insegurança jurídica e a ausência de políticas públicas para a aviação geral, do acesso à infraestrutura aeronáutica e aeroportuária e das concessões de áreas aeroportuárias.  “O mínimo de dignidade seria criar um espaço para as empresas de aviação geral”, lamentou Nogueira.
Agência T1, Por Bruna Yunes