Exportação para enfrentar adversidades

Data: 25/04/2016
DIÁRIO DO GRANDE ABC - SP
Tatsuo Suzuki

As exportações brasileiras cresceram 4,6% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2015, interrompendo série de quase 17 meses de queda. Os dados são do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e foram divulgados recentemente. Mas as empresas brasileiras ainda não exploraram todo o potencial de seus produtos em terras estrangeiras, apesar da desvalorização do real, que torna os produtos brasileiros mais competitivos no Exterior.

Os motivos que impedem as exportações são muitos. Mas para cada um desses problemas há solução. Lidero indústria 100% brasileira de equipamentos para a saúde. Começamos a exportar antes mesmo de lançar nossos produtos no Brasil. Olhando para trás, vejo que vencemos muitos desafios e dificuldade, mas que isso nos colocou a salvo em momento em que o Brasil enfrenta crise.

O primeiro passo para ter sucesso nas exportações, especialmente no caso de produtos para a saúde, é conquistar certificações internacionais.

Logo que fundamos a Magnamed, em 2005, buscamos a certificação da CE (Comunidade Econômica Europeia) e isso nos abriu portas não apenas na Europa, mas também em outros países.

Outro ponto importante é conquistar rede de contatos locais, como representantes c distribuidores. A participação em feiras internacionais é fundamental, pois é momento em que a empresa pode não apenas expor seus produtos, mas também ampliar network. Ter representante local é também respeitar a cultura desse país.

Conhecer bem o cliente é outro ponto fundamental. É preciso conhecer seus hábitos, necessidades e expectativas. A partir do conhecimento do cliente entra mais uma etapa importante para exportação: adequar o produto a determinada necessidade. Para exportar para o Oriente Médico, por exemplo, tivemos que produzir interface em árabe nos nossos equipamentos.

Por último, e não menos importante, busque a simplificação. Exemplo é embalagem muito sofisticada, que pode encarecer o frete pago pelo comprador. Soluções simples, como diminuir o tamanho da caixa que irá transportar o produto, fazem toda a diferença no preço final e na fidelização dos clientes.

Todas as dicas que expressei aqui são apenas alguns caminhos para exportação. O mais importante, e isso digo por experiência própria, é ter resiliência. Exportar não é fácil, mas é alternativa interessante para as empresas que buscam e querem aproveitar oportunidades onde outros veem dificuldades.

*Tatsuo Suzuki é fundador e diretor industrial E de qualidade da empresa Magnamed.

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