RJ REDUZ PERÍODO DE RESTRIÇÃO AO TRANSPORTE DE CARGAS DURANTE JOGOS OLÍMPICOS

A proposta da Prefeitura do Rio para as restrições logísticas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos estabelecia que não seria permitido, de 4 de julho a 18 de setembro, das 6h às 21h, o transporte de cargas em polígono que vai do Centro ao Recreio dos Bandeirantes e à Magalhães Bastos, na Zona Oeste. Após negociações com o Sistema FIRJAN e outras entidades empresariais, o período foi reduzido com o objetivo de diminuir os impactos à economia do Rio. Pela nova proposta, a restrição deve ocorrer a partir de 18 de julho. Durante esses dias, a circulação será permitida das 10h às 16h, além do horário noturno.

Os dados são do estudo “Restrições logísticas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016: viabilidade e propostas alternativas”, divulgado nesta quarta-feira, dia 13, pelo Sistema FIRJAN. De acordo com a publicação, apenas em trecho do Centro e da Zona

Sul deve ficar mantida a restrição a caminhões pesados das 6h às 21h. Já os veículos Urbanos de Carga (VUCs) e os Veículos Utilitários de Carga (VUtCs) poderão circular das 11h às 17h nesses locais.

Dentro das áreas que terão restrição de horários para o transporte de cargas, estão mais de cem mil empresas, que empregam mais de dois milhões de trabalhadores, o que significa quase 80% da atividade econômica da cidade. Para o Sistema FIRJAN, a proposta original do governo municipal reduziria a capacidade de recebimento de insumos, podendo resultar em interrupção da produção de diversas indústrias e do abastecimento de estabelecimentos comerciais. No estudo, a Federação das Indústrias ressalta ainda que o transporte à noite é inviável para muitas empresas, devido ao alto custo com o horário extra de funcionamento. A medida também aumentaria a exposição ao roubo de cargas.

A prefeitura ainda analisa medidas específicas sugeridas pelo Sistema FIRJAN para reduzir o impacto das restrições em locais sem grande relação com os jogos e no polo industrial de Jacarepaguá. Nesse último caso, discute-se a adoção de rotas alternativas de acesso às indústrias, evitando riscos de interrupção da produção pelo desabastecimento de matérias-primas. O objetivo das propostas apresentadas pelo setor produtivo é viabilizar a logística dos jogos, minimizando os riscos de desabastecimento e a paralisação da produção, o que provocaria inclusive queda de arrecadação de impostos pelos governos do estado e do município.

(Fonte: Agência IN)

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