Objetivo é integrar todos os ativos logísticos do grupo

Valor Econômico - 25/09/2012


A estratégia de crescimento do complexo Tecondi está fortemente apoiada nos ativos da retaguarda. A ideia da EcoRodovias é oferecer ao cliente um único contratante, uma única nota fiscal para fazer as etapas portuária, de transporte, de armazenagem e de distribuição.
Para tanto a EcoRodovias está tentando transferir a titularidade do Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia), que possui em Santos, para o Ecopátio instalado na cidade de Cubatão, o que possibilitará fazer processos de importação e exportação num mesmo local. "Quanto menos "tombos" você fizer nessa cadeia, mais melhoria operacional e de custos", diz o diretor-presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras.
O Ecopátio Cubatão, inicialmente criado como estacionamento regulador de carretas, tem cerca de 443 mil metros quadrados, mais que o triplo da área do Tecondi. A ideia é recompensar a falta de espaço do Tecondi com a unidade que fica a 15 quilômetros do cais e é multimodal. Além de ferrovia e rodovia, o Ecopátio terá futuramente acesso hidroviário, ligando, pelo Rio Cubatão, a instalação ao Tecondi. O presidente da EcoRodovias reitera, contudo, que todos os ativos da Elog permanecem bandeira branca. "Estão lá para servir todos os terminais. Mas, nesse caso do Tecondi, é possível criar uma sinergia operacional muito interessante", completou.
Os próximos seis meses serão de integração dos ativos e melhora da capacidade de movimentação, que fechou 2011 em 310 mil contêineres, 16% de participação no mercado de contêineres de Santos. A meta é já no ano que vem aumentar a operação no complexo, chegando a aproximadamente 450 mil contêineres.
Nos próximos dois anos serão investidos em torno de R$ 140 milhões na compra de equipamentos e dragagem dos berços de atracação. O valor integra o plano de negócios da compra.
Hoje o Tecondi trabalha com MHCs, um tipo de guindaste portuário mais antigo que os modernos portêineres, já consagrados nos terminais mais eficientes e cuja operação demanda uma área maior. E reforçará o antigo cais para fazer a dragagem para 15 metros, a nova profundidade do canal de navegação do porto.
Depois de Santos, a empresa está focada nos demais Estados onde já controla os acessos rodoviários aos portos, como no caso de Santos (com a Ecovias). São eles o porto de Paranaguá (PR), cuja acesso é feito pela Ecovia; porto de Rio Grande (RS), cujo eixo rodoviário é a Ecosul; e Vitória, com a Eco 101. O Nordeste interessa também, notadamente a região de Suape (PE).
"A EcoRodovias tem uma disciplina de capital muito forte, com um nível de dívida líquida sobre Ebtida de 2,1 vezes, então acreditamos que ainda há um espaço sadio para aproveitar as oportunidades que o governo está oferecendo. Estamos analisando o pacote que saiu de concessões rodoviárias, vamos analisar quando sair o pacote portuário e depois o aeroportuário".

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