Dólar sobe e fecha a R$ 1,87 com piora de humor externo

Por Fernando Travaglini | Valor

SÃO PAULO - Em mais um pregão com pouca liquidez, o dólar comercial voltou a fechar em alta, pelo seguindo dia consecutivo.

Mas ao contrário de ontem, quando a alta foi de apenas 0,05%, dessa vez a moeda americana avançou mais fortemente, encerrando o pregão com valorização de 0,75%, cotado a R$ 1,874. Na máxima do dia, a moeda atingiu o patamar de R$ 1,887, uma alta de 1,45%.

O dólar ganhou valor sobre praticamente todas as moedas e o euro atingiu a menor cotação desde setembro de 2010, com a divulgação de que os bancos europeus ampliaram os depósitos de recursos no Banco Central Europeu (BCE).

A avaliação de especialistas é de que as instituições preferem deixar o dinheiro no banco central em vez de empresar para outros bancos, dada a desconfiança dentro do sistema financeiro da região.

O Dollar Index, cotação da divisa americana frente a uma cesta de seis moedas, registrava alta de 0,81%, para 80,48 pontos por volta das 17h. O euro atingiu a menor cotação desde setembro de 2010, a US$ 1,295.

A Ptax, do Banco Central, taxa que serve de referência para a liquidação de diversos contratos cambiais, encerrou a quarta-feira a R$ 1,8634, alta de 0,26% sobre a cotação de ontem.

O BC também divulgou hoje que na semana entre os dias 19 e 23 o fluxo de recursos estrangeiros para o país foi deficitário em US$ 2,146 bilhões. O total acumulado no mês também está negativo, em US$ 2,108 bilhões. Durante o ano, o resultado ainda é positivo em US$ 65,114 bilhões, contra US$ 24,536 bilhões em igual período de 2010.

(Fernando Travaglini | Valor)

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