Autor(es): Por Marli Lima | De Curitiba
Valor Econômico - 02/12/2011
Importações de US$ 21,191 bilhões, recorde para meses de novembro, fizeram com que a balança comercial brasileira fechasse o mês passado com superávit de US$ 583 milhões, o dobro de igual período de 2010, mas bem menor que os US$ 2,3 bilhões de outubro. O número é o segundo mais baixo do ano - em janeiro, o superávit foi de US$ 398 milhões.
Três fatores tiveram impacto nos resultados de novembro, de acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira: cresceram as compras de artigos para o Natal (19,1% na comparação com novembro do ano passado), mais veículos (63,9%) foram importados por causa do aumento previsto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e houve aumento nos investimentos de empresas no país, que resultaram em mais compras de máquinas, equipamentos e insumos.
"Não existe tendência a déficit", disse Teixeira, a respeito das duas últimas semanas de novembro, quando o saldo comercial ficou negativo (US$ 433 milhões e US$ 298 milhões). Segundo ele, "é normal o que vem acontecendo e não há motivo para preocupação". Ele não descarta a possibilidade de as importações de veículos aumentarem também nas primeiras semanas de dezembro, mas considerou que o volume não deve ser alto porque os consumidores vão querer comprar modelos de 2012.
Em relação a exportações, nos 20 dias úteis do mês passado elas somaram US$ 21,774 bilhões, o que representa aumento de 23,1% na comparação com novembro de 2010. Um dos destaques do período foi a soja, cuja venda cresceu 531,7%. "A China voltou a comprar", disse Teixeira. No acumulado do ano, o superávit da balança comercial está em US$ 25,971 bilhões, resultado de US$ 233,9 bilhões em exportações e US$ 207,9 bilhões em importações.
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