Dólar opera em baixa e volta ao patamar de R$ 2,07

Lucas Bombana   (lbombana@brasileconomico.com.br) | Atualizado às 12h33
27/11/12 12:29


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa acompanha movimento do câmbio e opera em baixa.
Com a intenção do Banco Central (BC) de impedir que a cotação do dólar rompa o teto de R$ 2,10, o dólar volta a operar com desvalorização frente ao real no câmbio doméstico.
A moeda americana depreciava 0,19%, negociada a R$ 2,078 na venda.
Na última sexta, quando a taxa do dólar chegou a ultrapassar o nível de R$ 2,10, a autoridade monetária entrou com um leilão de venda de divisas, o que levou a cotação para R$ 2,082.
Apesar de dizer que não controla o câmbio, as intervenções do governo no mercado dizem o contrário, e devem manter a cotação da divisa oscilando na banda de R$ 2,05 a R$ 2,10 nos próximos pregões.
"A preocupação era se o BC tinha mudado a banda informal que existe, de passar dos R$ 2,10 e ir embora. Como isso não aconteceu na semana passada, com a entrada do BC, o mercado parou de subir, e está devolvendo um pouco esse movimento", diz Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.
Quando a pressão era por uma desvalorização do dólar, o BC entrava comprando divisas próximo aos R$ 2,02. O especialista destaca que devemos ficar atentos, caso a trajetória descendente prossiga, no patamar de R$ 2,05, que pode ser o novo nível defendido pela autoridade.
"O BC não quer que caía muito, nem que suba muito, quer um mercado que vá se acomodando devagar", pondera Folchini.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa opera com viés de queda na sessão desta terça-feira.
Mais negociado, com giro de R$ 23,140 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,31% para 7,29%, enquanto o para janeiro de 2015 cedia de 7,93% para 7,89%, com volume de R$ 2,161 bilhões.
Durante o período em que o dólar estava em clara tendência de alta, a curva acompanhava com abertura das taxas, uma vez que o real desvalorizado encarece os importados, e o aumento dos custos do comércio é repassado aos consumidores finais.
Com a reversão na trajetória do câmbio, a curva também se ajusta, dizem especialistas.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que se inicia nesta terça e termina amanhã não deve trazer alterações na taxa básica de juros (Selic), e não pode ser apontada como influência para o movimento.

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