Dólar cai 0,86% e fica abaixo de R$2,35, com ação do BC

Brasil Econômico - 28/08/2013
Dólar cai 0,86% e fica abaixo de R$2,35, com ação do BCO movimento foi descolado do exterior, onde a divisa ganhou força diante dos temores de ação militar dos Estados Unidos na Síria.
O dólar fechou em forte queda ante o real pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (28/08), ficando abaixo de R$ 2,35 na venda pela primeira vez em duas semanas, em resposta à ação de investidores embolsando lucros e ao programa de intervenção do Banco Central.
O movimento foi descolado do exterior, onde a divisa americana ganhou força diante dos temores de ação militar dos Estados Unidos na Síria.
O dólar caiu 0,86%, a R$ 2,348 na venda, após tocar, na mínima da sessão, em R$ 2,323. 
"O que parece é que o pessoal está se desfazendo de posições antes de acabar o mês", afirmou o operador de câmbio da B&T Corretora, Marcos Trabbold, para quem o dólar ainda tem espaço para cair "um pouco mais".
"Como o mercado já sabe tudo que vai acontecer em termos de atuações do Banco Central, o pessoal acaba voltando atrás em algumas apostas", emendou.
O BC continuou com sua estratégia de intervenções diárias no mercado de câmbio. Nesta manhã, foram vendidos todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional -equivalente a venda de dólares no mercado futuro- com vencimento em 2 de dezembro de 2013. O volume financeiro da operação foi equivalente a US$ 498,2 milhões.
No início da tarde, a autoridade monetária anunciou mais uma atuação para quinta-feira. O BC ofertará 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de dezembro de 2013 entre as 9h30 e as 9h40. O resultado será conhecido a partir das 9h50.
Segundo o BC, o programa, que foi anunciado na semana passada com o potencial de US$ 60 bilhões, tem o objetivo de "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado", por meio de swaps cambiais tradicionais e leilões de linha até, pelo menos, 31 de dezembro.
"O BC está administrando a volatilidade para evitar a alta o dólar e tentar controlar o mecanismo de transmissão do câmbio para a inflação. Essa vai ser a tônica até o fim do ano", afirmou o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho, para quem o nível de 2,40 reais tornou-se um teto para a divisa.
A expectativa é que o programa de intervenção diário realinhe os movimentos do real com o de moedas com perfil similar.
Entre o início deste mês e a última quinta-feira, quando o BC anunciou seu plano de intervenções, o dólar acumulava alta de 6,55% em relação ao real. A variação espelhava o fortalecimento da divisa dos EUA contra moedas de perfil semelhante à brasileira, mas era mais intensa. Em relação ao peso mexicano, a moeda americana avançava 2,81%.