Brasil Econômico - 15/08/2012
O Desenvolvimento traçou um projeto de grande abrangência em conjunto com os estados para impulsionar e adicionar mais valor à pauta de comércio exterior do país
O governo traçou um projeto de grande abrangência em conjunto com os estados para impulsionar e adicionar mais valor à pauta de exportações do país. Na próxima quarta-feira (22), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, deve anunciar o Plano Nacional da Cultura Exportadora 2012-2015 e um sistema informatizado de monitoramento das ações que serão desenvolvidas por gestores públicos e entidades de comércio exterior que farão parte do programa.
Pimentel entregará aos secretários estaduais de desenvolvimento mapas estratégicos com ações desenhadas para o ambiente econômico de cada região.
Com isso pretende-se dar conhecimento e acesso a toda oferta de serviços que existem para a promover as exportações. "A lógica é trabalhar de maneira muito articulada com a demanda estadual", disse ao BRASIL ECONÔ- MICO a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.
O primeiro passo é qualitativo, ou seja, focar nas ações e ver como funciona essa integração para, em 2013, colocar metas objetivas de crescimento.
O intuito é elevar a capacidade de vendas externas nos próximos anos, em especial a dos entes da federação em que os embarques são considerados irrelevantes.
Metade dos estados exporta menos de 1% de tudo o que o país vende no mercado internacional (ver tabela). "Boa parte dos estados não tem tradição em formulação de política pública voltada à exportação". O caso do Acre é emblemático. Com enorme potencial de vendas externas de castanhas e madeira, mas embarcando apenas 0,01% do total brasileiro, o estado tem apenas 30 empresas e não conta com uma equipe de governo para trabalhar nesse processo.
Também não há despachante aduaneiro. Os trâmites dos que se aventuram ao exterior são feitos por um profissional que vai do Rio Grande do Sul (RS) até a capital acreana Rio Branco uma vez por semana. Por meio dessa nova estratégia, o MDIC iniciou as tratativas para cursos de capacitação dos gestores públicos e das empresas, além de, em conjunto com o Senac, providenciar um curso para formação de despachantes. Na visão do governo, esse é o momento apropriado para fortalecer a cultura exportadora.
"É relevante que as empresas estejam preparadas para aproveitar as oportunidades que existem em momentos difíceis e que, certamente, se ampliam na conjuntura mais favorável", disse a secretária.
Tatiana diz ainda a empresa que quiser sobreviver no mercado brasileiro precisa ser competitiva internacionalmente porque dentro do mercado ela encontrará concorrentes estrangeiros.
"Estar pronta para competir no mercado interno significa a preparação para exportar".
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Apesar de potencial, Acre embarca apenas 0,01% do total brasileiro de castanhas
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