Empresas antecipam importação de carros para escapar do aumento do IPI

DCI
20/12/11 - 00:00 > AUTOMÓVEIS

- são paulo - A compra de automóveis importados por empresas brasileiras cresceu 61,5% nas três primeiras semanas deste mês, em comparação ao mesmo período de 2010, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A alta indica que os importadores se anteciparam ao aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que entrou em vigor na última sexta-feira (16).

Em novembro, quando o nível de encomendas de carros produzidos em outros países subiu 64%, houve o mesmo movimento de antecipação. Para conter a entrada de importados, justamente, o governo federal anunciou, há aproximadamente três meses, o aumento de 30 pontos percentuais na cobrança do imposto para carros que tivessem, em sua composição, poucos componentes de origem brasileira.

Como o Supremo Tribunal Federal (STF) havia decidido que a medida não poderia entrar em vigor imediatamente, em setembro, as empresas tiveram tempo para aproveitar as últimas semanas de IPI menor para importarem veículos, o que foi feito com maior intensidade neste e no mês passado.

Exportações gerais

Nas exportações brasileiras, considerando toda a balança comercial, a média até a terceira semana de dezembro foi de US$ 927,9 milhões, apenas 2% maior do que em dezembro de 2010. As vendas externas de produtos manufaturados cresceram 10,4%, puxadas por etanol, automóveis de passageiros, veículos de carga, motores e geradores, açúcar refinado, bombas e compressores e partes de motores para veículos. As exportações de semimanufaturados subiram 2,1%, por conta de borracha sintética, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e madeira serrada. Por outro lado, as vendas de produtos básicos caíram 4,6%, por conta, principalmente, de petróleo, milho em grãos, farelo de soja e minério de ferro.

As exportações somam US$ 11,135 bilhões até a terceira semana de dezembro e as importações, US$ 11,005 bilhões, com saldo positivo de US$ 130 milhões. No ano, as exportações somam US$ 245,047 bilhões, as importações, US$ 218,943 bilhões, com superávit de US$ 26,104 bilhões. A estimativa do MDIC é que a balança feche o ano com um saldo comercial em torno de US$ 27 bilhões.

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