O recuo na taxa da moeda começou a ganhar força somente depois de especulações sobre novas alterações no mercado cambial.
Em decreto publicado nesta terça-feira (18/12), o Banco Central (BC) elevou de US$ 1 bilhão para R$ 3 bilhões o valor livre de compulsório na posição vendida das instituições financeiras.
Ainda assim, na abertura dos negócios, o dólar operava apenas estável frente ao real, com os agentes receosos quanto aos reflexos efetivos de tal medida sobre a recente trajetória de ganhos da divisa.
Ao longo da tarde, surgiram rumores de que uma nova medida poderia ser anunciada pela autoridade, referente à incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos derivativos, em posições acima de US$ 10 milhões. As especulações tratam da possibilidade de o governo elevar esse patamar limite.
Aparentemente a especulação sobre uma outra medida teve mais impacto na oscilação do câmbio do que a efetivamente anunciada hoje, já que o dólar começou a perder valor frente ao real depois do almoço, quando o rumor ganhou força nas mesas.
No fechamento, o dólar ficou com uma queda de 0,33% ante o real, cotado a R$ 2,089 na venda.
"No nosso entendimento, a terapia imediata é o BC fazer leilão de venda de dólares a vista ao mercado, caso contrário haverá pressão sobre a taxa, contrariando o manifesto desejo do BC de que isto não ocorra para não pressionar a inflação", afirma Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio, em relatório.
O especialista ressalta que, se não agir adequadamente, a autoridade corre o risco de ter sua imagem fragilizada, ao demonstrar grande dificuldade em vencer a queda de braço com o mercado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário, muito obrigado pela sua visita!