Postura do BC surte efeito, e dólar desce para R$ 2,07

do Brasil Econômico
Postura do BC surte efeito, e dólar desce para R$ 2,07
Curva de juros futuros da BM&F Bovespa fechou o dia em alta, por influência do IPCA-15 de dezembro.

A clara intenção do governo de impedir uma valorização excessiva do dólar começa a ser assimilada pelo mercado.

Após a baixa de 0,33% na véspera, depois de uma sequência de três altas, nesta quarta-feira (19/12), a moeda americana fechou ante o real em queda de 0,90%, cotada a R$ 2,070 na venda.

"As medidas do governo levaram a essa valorização do real", diz Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora.

Na última medida, anunciada na terça (18/12), decreto publicado pelo Banco Central (BC) elevou de R$ 1 bilhão para R$ 3 bilhões o valor livre de compulsório na posição vendida das instituições financeiras.

Além dos fatores domésticos, o especialista lembra também que o câmbio interno teve a influência de seus pares internacionais, que experimentaram uma rodada de valorização ante o dólar, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's melhorar a nota que atribui à Grécia.

O superintendente da Advanced avalia que todas as manobras utilizadas nos últimos dias pela autoridade monetária devem ser suficientes para segurar a cotação da divisa americana dentro de um intervalo de oscilação considerado aceitável.

No entanto, caso uma nova pressão de alta no dólar seja verificada, Siaca nota que o BC dispõe de mais ferramentas para alcançar seu objetivo, como os leilões no mercado à vista.

"O BC ainda tem vários mecanismos para fazer a manutenção do dólar no patamar que ele quer", comenta o especialista.

O teto defendido pela autoridade, que se imaginou que poderia ficar próxima dos R$ 2,12 voltou a ser vista novamente nos R$ 2,10 após as intervenções, diz Siaca.

Juros

A curva de juros futuros da BM&FBovespa encerrou a sessão em alta, em decorrência da aceleração verificada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que o IPCA-15 atingiu 0,69% em dezembro, acima da taxa de 0,54% registrada no mês anterior.

Mais negociado, com giro de R$ 22,341 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subiu de 7,07% para 7,08%, enquanto o para janeiro de 2015 avançou de 7,66% para 7,69%, com volume de R$ 21,163 bilhões.

Com o resultado de hoje, o Itaú Unibanco elevou sua projeção para o IPCA fechado do mês de dezembro, de 0,68% para 0,70%. Em novembro, foi de 0,60%.

O grupo alimentos, que passou de 1,36% em outubro para 0,79% em novembro, deve voltar a acelerar, e ir para 1,20% no último mês de 2012, com uma contribuição de 0,29 ponto percentual para o IPCA.

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