Postura do BC surte efeito, dólar opera em queda

do Brasil Econômico
Postura do BC surte efeito, dólar opera em queda
Curva de juros opera em alta, após aceleração do IPCA-15.

Após os diversos leilões e intervenções do Banco Central (BC) na busca de segurar o dólar abaixo dos R$ 2,10, o mercado opera na primeira etapa do pregão desta quarta-feira (19/12) em queda, ainda que esteja acompanhando a tendência global que prevalece.

A moeda americana tinha desvalorização de 0,33% ante a brasileira, negociada a R$ 2,082 na venda.
O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, cedia 0,40%.

Na véspera, o dólar também encerrou com baixa de 0,33% ante o real, no dia em que decreto publicado pela autoridade monetária elevou de US$ 1 bilhão para R$ 3 bilhões o valor livre de compulsório na posição vendida das instituições financeiras.

No entanto, na abertura do pregão de ontem, a moeda operava estável, e passou a cair durante a tarde, após rumores de que outras medidas ainda poderiam ser anunciadas pelo BC.

"Ficou muito claro esse teto de R$ 2,10. Se não houvesse essas intervenções do BC por conta da sazonalidade do mês de dezembro, a taxa estaria em níveis superiores", afirma Ítalo Abucater, especialista em câmbio da ICap Brasil.

Na virada do mês, diz o especialista, a tendência é que o fluxo de saída inverta o sentido, o dólar passe a um patamar mais desvalorizado.

No entanto, Abucater acredita que, passado esse período de início de ano que é de maior entrada de divisas, não devemos ter em 2013 o mesmo cenário no câmbio que foi observado nos primeiros meses de 2012.
"Vamos ter um ano difícil no decorrer do período. O dólar vai subir, e a taxa vai testar tetos históricos", comenta o especialista da ICap.

Esse ambiente se deve, entre outros fatores, ao ciclo de queda dos juros, que Abucater não descarta que possa ser retomado no próximo ano, além do cenário externo que deve permanecer preocupante.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva opera em alta, após a aceleração verificada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15).

O melhor humor dos investidores refletido na alta dos índices acionários das principais bolsas mundiais também favorece a elevação dos prêmios.

Mais negociado, com giro de R$ 7,385 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subia de 7,66% para 7,70%, enquanto o para janeiro de 2014 avançava de 7,07% para 7,08%, com volume de R$ 6,036 bilhões.

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