Pé atrás industrial

Correio Braziliense - 17/04/2011

A missão empresarial que integrou a comitiva de Dilma à China saiu menos otimista do que o governo no quesito substituição das exportações brasileiras de commodities por produtos de maior valor agregado. “Vejo oportunidades, mas há dificuldades”, disse ao Correio o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. O vice-presidente da Associação Brasileira da Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Cardoso, que também participou da missão empresarial, é tachativo em seu ceticismo. “É muito louvável a luta da presidente Dilma pela exportação de produtos mais elaborados, mas acho que não vai passar da vontade”, diz ele.

Para Andrade e Cardoso, o problema está no intrincado sistema tributário e em outros fatores que oneram a produção. “Nossos produtos são de qualidade, mas são caros”, comenta o vice-presidente da Abimaq.

Mesmo no quesito investimentos, o empresariado nacional olha para alguns projetos prometidos à presidente com certa desconfiança. É o caso da fábrica da Foxconn, que promete investir US$ 12 bilhões. Nas conversas informais, muitos nomes importantes da indústria brasileira consideraram o valor muito alto e afirmaram que a empresa pode estar exagerando para obter incentivos fiscais.

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