Apex terá escritório na Arábia Saudita

Alexandre Rocha, enviado especial ANBA

Estrutura em Riad vai dar apoio às empresas brasileiras que buscam negócios no país. Na Gulfood, em Dubai, expositores do Brasil estão entusiasmados com o movimento.

Dubai – A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) vai abrir um escritório em Riad, na Arábia Saudita, para dar apoio às empresas do Brasil que buscam negócios na nação árabe. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pela agência aos empresários brasileiros que participam da Gulfood, feira do ramo de alimentos que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA
Promotoras de vendas provam açaí no estande do Ibraf
De acordo com o diretor do centro de negócios da Apex em Dubai, Sidney Costa, o escritório terá um funcionário local e vai operar nos mesmos moldes da estrutura que o órgão tem em Doha, no Catar. "Consideramos a região uma das mais importantes para a agência e para as empresas", destacou.

Segundo ele, os setores prioritários para atuação da agência em território saudita são os de alimentos e de casa e construção, mas empresas de outros segmentos poderão utilizar os serviços. A inauguração está prevista para março.

Na feira, os expositores estão entusiasmados com o movimento. "Não está mal, hoje o dia começou um pouco vazio, mas no fim um monte de gente veio", disse Ed Guzi, da Samba International, empresa que comercializa milho de pipoca, farinha de milho, feijão e café do Brasil.

Ele afirmou que o milho de pipoca, em especial, está sendo bem recebido pelos visitantes. "O produto é de boa qualidade e nosso preço é competitivo em relação à Argentina", declarou. Os maiores concorrentes nesse ramo, segundo Guzi, são a Argentina e os Estados Unidos, mas no caso dos EUA a mercadoria é mais cara e o país chega a ser importador.

Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA
Concurso de chefs realizado na feira
A Samba integrou missão comercial ao Oriente Médio que ocorreu na semana passada, organizada pela Apex com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. "O 'timing' foi perfeito", ressaltou o empresário.

Outra empresa que expõe na feira e participou da missão é a Harald, de Chocolates. O gerente de Comércio Exterior da companhia, José Ricardo Cicone, contou ter fechado com distribuidores dos Emirados e do Catar e que estava para confirmar acordo com um da Arábia Saudita.

Na mesma linha, Sérgio Nunes, da Amazônia Energy, que vende açaí pronto para o consumo, informou que a empresa está fazendo bons contatos, que podem virar negócios.

Quem está na feira também é a Exporta Minas, agência de promoção de exportações do governo de Minas Gerais. O órgão tem um convênio com o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) para incentivar as vendas de frutas mineiras. O diretor da entidade, Ivan Barbosa Netto, contou que no ano passado a instituição organizou um programa de promoção comercial com foco no Egito, Arábia Saudita e Dubai, com recursos do Banco Mundial. O projeto incluiu os ramos de alimentos e bebidas, biotecnologia e cosméticos.