Diálogo comercial entre Brasil e EUA amplia participação do setor privado

Portal do Desenvolvimento -  MDIC
Washington – Estados Unidos (26 de fevereiro) – A décima edição do Diálogo Comercial entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC) foi encerrada hoje com avanços importantes para o intercâmbio comercial entre os dois países. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que coordena o diálogo pela parte brasileira, relacionou três tópicos da reunião.

O primeiro foi a inclusão do tema energia nas tratativas entre as autoridades governamentais brasileiras e americanas. O segundo diz respeito ao maior engajamento institucional de órgãos e agências que estabeleceram contatos definitivos para solução de controvérsias e aperfeiçoamento de mecanismos de regulamentação e controle do fluxo comercial.

Por último, Tatiana destacou a inserção do setor privado no debate dos temas do diálogo comercial. “Abrimos a agenda ao setor privado para apresentar os resultados receber sugestões e contribuições que serão muito valiosas para avançarmos na direção necessária e desejada para o intercâmbio comercial entre os nossos países”, disse.

O subsecretário do DoC, Francisco Sanchez, também avaliou o progresso do encontro. “É sempre bom conversar e trocar palavras agradáveis, mas é melhor ainda quando temos resultados tangíveis, como é o caso aqui, para alcançar o potencial das nossas relações comerciais”, analisou.

Após a reunião no Departamento de Comércio dos Estados Unidos, Tatiana Prazeres e Francisco Sanchez se reuniram com empresários e representantes da iniciativa privada para apresentar resultados e conclusões sobre o diálogo comercial na Câmara de Comércio americana.

Intercâmbio Comercial

Em 2012, o Brasil exportou para os Estados Unidos US$ 26,849 bilhões com crescimento de 3,5% em relação a 2011. Os principais produtos vendidos pelo Brasil foram óleos brutos de petróleo (US$ 5,577 bilhões, com participação de 20,8% sobre o total); produtos semimanufaturados de ferro e aço (US$ 1,943 bilhão, 7,2%); etanol (US$ 1,517 bilhão, 5,7%); café cru em grão (US$ 1,054 bilhão, 3,9%); e aviões (US$ 957 milhões, 3,6%).

As importações brasileiras deste mercado somaram US$ 32,604 bilhões, com recuo de 4,8% na comparação com os números do ano passado. Os bens mais adquiridos no período foram óleos combustíveis US$ 2,802 bilhões, representando 8,6% do total); motores e turbinas para aviação (US$ 1,794 bilhão, 5,5%), hulhas (US$ 1,360 bilhão 4,2%), medicamentos (US$ 1,187 bilhão, 3,6%); instrumentos e aparelhos de medida (US$ 838 milhões, 2,6%).