Dólar opera com leve queda, em linha com exterior

Brasil Econômico
Dólar opera com leve queda, em linha com exteriorCurva de juros futuros da BM&F Bovespa opera próxima da estabilidade, a despeito de declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

O bom humor que prevalece nos mercados de Bolsa neste primeiro pregão da semana favorece uma rodada global de desvalorização do dólar.

Há pouco, o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,20%.
No âmbito doméstico, o movimento é um pouco mais contido - a moeda americana depreciava 0,05% ante a brasileira, e era negociada a R$ 1,970 para venda.

Os investidores aparentemente refletem as declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, nas quais disse que o câmbio não é instrumento para estimular o crescimento, e nem para ajudar no controle de preços.

"O mercado está acreditando que o BC não vai mexer muito no dólar. Provavelmente vai ficar nesse patamar em que está, em torno de R$ 1,96", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

A possibilidade de uma alta na taxa básica de juros, a Selic, que só ganha força, ainda mais depois do representante da autoridade monetária ter dito que a política monetária é determinada com base na inflação, e não em metas de crescimento, não deve provocar uma depreciação adicional do dólar, na visão do especialista.
"O real sempre está mais precificado que os seus pares", diz Galhardo.

No final do ano passado, quando a taxa da divisa encostou na faixa de R$ 2,15, outras moedas também estavam desvalorizadas, como o peso mexicano, e o dólar australiano, mas em menor intensidade que o real, lembra o gerente da Treviso.

"Por isso que em determinados momentos, em que lá fora melhora muito, aqui ficamos estável".
No boletim Focus desta semana, os economistas consultados pelo BC reduziram, pela quinta semana seguida, a projeção para o dólar ao final do ano, agora em R$ 2,00, ante R$ 2,02 na aferição anterior, e R$ 2,07 um mês atrás.

Juros

O boletim Focus tem efeito neutro para a curva de juros futuros da BM&FBovespa, uma vez que as estimativas para a inflação recuaram, enquanto as de crescimento da atividade foram para cima.

As declarações de Tombini não foram capazes de elevar os prêmios embutidos na curva, que já precifica um aperto monetário no segundo semestre de 2013.

Mais negociado, com giro de R$ 57,139 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 operava estável em 7,83%, enquanto o para julho de 2013 seguia nos mesmos 7,32% do último fechamento, com volume de R$ 51,403 bilhões.