Dólar interrompe sequência de cinco altas frente ao Real

Dólar interrompe sequência de cinco altas frente ao RealCurva de juros futuros da BM&F não teve alterações após a participação do presidente do BC em audiência na Câmara dos Deputados.

Após cinco altas seguidas, o dólar fechou no pregão desta terça-feira (21/5) em queda frente ao Real, mas de apenas 0,14%, negociado a R$ 2,037 para venda. A sequência de valorizações da moeda americana lhe rendeu um salto de 1,54%.
Declarações do presidente do Federal Reserve de Saint Louis, James Bullard, defendendo a continuidade do programa de estímulos à economia americana, contribuíram para o movimento do câmbio doméstico.
Até mesmo porque a recente alta da moeda americana esteve relacionada com a percepção que aumentou nos últimos no mercado, de que a autoridade americana poderia reduzir seu programa de compra de ativos, justamente por conta de declarações de outros presidentes regionais do Fed.
Agora as atenções estarão todas voltadas para as palavras que serão proferidas pelo presidente geral do Fed, Ben Bernanke, que fala amanhã sobre os próximos passos da política monetária americana.

"Elevar o juro mais rapidamente não será problema, pode ser uma decisão política e não técnica, porém apreciar o real num contexto de fluxo cambial fragilizado não será tarefa fácil para o governo, salvo se utilizar as reservas cambiais para aumentar a liquidez", diz Sidnei Moura Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, em seu boletim.

Pelos últimos dados divulgados pelo BC, o fluxo cambial do país está negativo em US$ 595 milhões, frente às entradas de US$ 24,721 bilhões em igual período do ano passado.
No entanto, com a perspectiva de aumento da taxa Selic, inclusive em intensidade mais forte do que a esperada há algumas semanas, a tendência é que o fluxo de divisas ao país aumente, com os investidores estrangeiros em busca de maiores ganhos de arbitragem.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&F, não fez preço na curva a participação de Alexandre Tombini, presidente do BC, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
A leve queda verificada antes das respostas da autoridade prosseguiu até o fechamento.
Mais negociado, com giro de R$ 198,991 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho próximo ficou nos mesmos 7,52% da véspera, enquanto o para janeiro de 2014 caiu de 8,13% para 8,11%, com volume de R$ 75,832 bilhões.

Fonte: Brasil Econômico