Governo projeta superávit da balança de maio e para o ano

por RedacaoT1

Foto: minplanpac /Creative Commons
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) manteve a projeção de superávit na balança comercial do ano apesar do déficit histórico de US$ 6,150 bilhões nos quatro primeiros meses de 2013.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres, a recuperação já se iniciará neste mês. “A expectativa é que tenhamos superávit na balança comercial de maio”, disse, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira. A secretária não apresentou os números projetados para maio ou para 2013.
“Quem acompanha a balança comercial sabe que ao longo do primeiro quadrimestre anunciamos déficit”, completou Prazeres.
O último déficit comercial nos quatro primeiros meses do ano ocorreu em 2001, quando foi de US$ 549 milhões, segundo dados do Mdic. O recorde anterior ocorreu em 1995.
Naquele ano, a diferença entre importações e exportações foi negativa para o Brasil em US$ 2,8 bilhões.
Marco histórico
O saldo do comércio exterior do Brasil nos quatro primeiros meses do ano é o pior da história. No acumulado do ano, a balança comercial registrou um déficit de US$ 6,150 bilhões – resultado bem diferente do verificado em igual período de 2012, quando houve um superávit de aproximadamente US$ 3,3 bilhões.
Em nenhum outro primeiro quadrimestre, as importações superaram tanto as exportações, de acordo com a Mdic, iniciada em 1993, e a do Banco Central, com começo em 1959.
As contas do comércio internacional do país nos quatro primeiros meses de um ano não eram deficitárias desde 2001. Antes do desempenho de 2013, o pior resultado nesse mesmo período foi o de 1995, quando as compras de mercadorias estrangeiras superaram as vendas de bens nacionais ao exterior em US$ 2,8 bilhões.
O déficit de US$ 6,150 bilhões no primeiro quadrimestre é resultado de três meses de desempenho negativo: janeiro (US$ 4 bilhões), fevereiro (US$ 1,3 bilhões) e abril (US$ 994 milhões). Em março, a balança comercial foi superavitária em US$ 161 milhões.
Fonte: Valor Econômico, Por Lucas Marchesini e Thiago Resende