Dólar sobe 0,73% após sinais de fortalecimento dos EUA

Brasil Econômico - 26/07/2013
Dólar sobe 0,73% após sinais de fortalecimento dos EUAO mercado reagiu à confiança do consumidor americano, que subiu em julho para o maior nível em seis anos.
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta sexta-feira (26/07), em um dia com pouco volume de negociação, diante do movimento de investidores estrangeiros retirando recursos do país pela expectativa com o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
A atuação do Banco Central, ao fazer intervenção no mercado nesta sessão, evitou que a valorização da moeda fosse mais expressiva no Brasil, segundo operadores.
O dólar fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 2,255 na venda, com volume financeiro em cerca de 1,4 bilhão de dólares.
"O mercado oscilou quando saiu o dado de confiança do consumidor nos EUA e o resultado do leilão de swap de hoje, quando o BC rolou os contratos que faltavam e ainda vendeu mais um pouco", afirmou um operador de banco nacional, sob condição de anonimato.
A autoridade monetária fez, nesta manhã, leilão de swap cambial tradicional -equivalente à venda de dólares no mercado futuro- e aproveitou para injetar nova liquidez no mercado, além de rolar todos os contratos com vencimento em 1º de agosto.
O dólar só firmou uma tendência de alta depois do leilão do BC. Antes, oscilou bastante entre os terrenos positivo e negativo.
O mercado reagiu à confiança do consumidor dos Estados Unidos, que subiu em julho para o maior nível em seis anos, a 85,1, ante 84,1 em junho, superando as expectativas. Foi o maior nível desde julho de 2007 e também uma melhora ante a leitura inicial de julho de 83,9.
Com isso, o mercado voltou a especular sobre os próximos passos do Fed, que volta a se reunir para definir o rumo da política monetária na quarta-feira, e a necessidade de estímulos monetários. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar atingiu a menor cotação em cinco semanas.
Com os sinais de melhora da economia norte-americana, os investidores ficam em alerta sobre a possibilidade de o Fed reduzir seu programa de compras de ativos em breve, o que limitará a liquidez internacional.
"Aqui (no Brasil), o mercado está com pressão compradora, sobretudo, vinda de investidores estrangeiros", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.