Dólar avança 1,27% com dados positivos dos EUA

Brasil Econômico - 24/07/2013
Dólar avança 1,27% com dados positivos dos EUA
Investidores voltam a acreditar que o Fed pode reduzir seu programa de estímulo e, consequentemente, a liquidez nos mercados.

O dólar fechou em alta superior a 1% ante o real nesta quarta-feira (24/07), acompanhando a cena externa com os investidores voltando a ver que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), pode reduzir seu programa de estímulo e, consequentemente, a liquidez nos mercados.
Isso porque foram divulgados dados econômicos dos Estados Unidos mais otimistas, como a recuperação da indústria norte-americana e o melhor desempenho das vendas de novas moradias.
A moeda norte-americana subiu 1,27%, cotada a R$ 2,250 na venda, com volume de negociação de cerca de US$ 2,5 bilhões.
No mercado externo, o comportamento do câmbio também mostrou valorização do dólar. "As moedas estão trabalhando de uma maneira relativamente tranquila, respondendo aos dados dos Estados Unidos, onde a economia vem efetivamente se alterando e se fortalecendo", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
O dólar passou praticamente todas as horas de negociação em alta, mas ultrapassou 1% de valorização mesmo após o Banco Central realizar leilão de swap cambial tradicional, em que vendeu toda oferta de 20 mil papéis com vencimento em 2 de janeiro de 2014.
O leilão teve volume financeiro de US$ 992,8 milhões, com data de emissão no dia 1º de agosto, e teve a finalidade de rolar cerca de 115 mil contratos de swap tradicional que vencem também no início do próximo mês.
Até a sessão de terça-feira, o dólar acumulava queda de 0,43% no mês, mas o desempenho deste pregão anulou esse movimento. "O cenário para o Brasil continua sendo ruim e a tendência do dólar para cima", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, que ainda acredita que a moeda chegará ao fim do ano em R$ 2,30.
Para ele, se o BC quiser manter a tendência de baixa do câmbio, precisará fornecer liquidez ao mercado através de leilão no mercado à vista. "Estamos num momento de decisão sobre quem vai dar liquidez ao mercado: serão os bancos ou o BC com leilão à vista? Não vejo o BC queimando reservas para isso", disse Nehme.