MALÁSIA E INDONÉSIA SÃO OS NOVOS MERCADOS-ALVO DO PAÍS


Entre os dias 18 e 21 de outubro próximos, uma nova missão comercial brasileira vai à Malásia e à Indonésia, no sudeste asiático. "O intuito é aumentar os negócios e as exportações brasileiras para aquela região, que possui 265 milhões de consumidores e US$ 700 bilhões em PIB nos dois países, com crescimento acima da média brasileira", considerou o professor de relações internacionais da ESPM, Marcelo Zorovich.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as exportações à Indonésia cresceram 15% em 2010, e as exportações à Malásia avançaram 42% no mesmo período. Segundo informações fornecidas pelo Mdic ao DCI, 11 empresários brasileiros já confirmaram presença na missão.

"É uma oportunidade para esses empresários diversificarem seus mercados. Os dois países podem servir de plataforma para o produto brasileiro garantir um mercado consumidor de 565 milhões de pessoas em outros oito países do sudeste asiático", avaliou Marcelo Zorovich.

O professor da ESPM diz também que a região pode ser estratégica para acessar mercados potenciais como a China, a Coreia do Sul, a Índia e o Japão.

Segundo o ministério, os empresários pertencem a quatro setores econômicos. O primeiro é o de Alimentos e Bebidas, especialmente chocolate, balas, confeitos e sucos. Esse setor é importante para a corrente comercial, principalmente porque o Brasil importou US$ 53,8 milhões em chocolate bruto da Indonésia nos primeiros oito meses do ano. O país do sudeste asiático é um dos principais produtores mundiais de cacau e um dos fornecedores preferenciais do Brasil.

O segundo setor representado é o de Construção, especificamente produtos laminados de ferro e aço, móveis e madeira. A Malásia é um grande exportador mundial de madeira e produtos de madeira, e ambos os países, Malásia e Indonésia, registram forte crescimento de obras da construção civil.

O terceiro setor representado na missão é o de moda, essencialmente couro, produtos têxteis, gemas e joias. O Brasil importa grande quantidade de produtos têxteis da Indonésia: US$ 57,7 milhões em fios de fibras artificiais; fio texturizado de poliéster (US$ 38,8 milhões); fio de fibra de poliéster com fibras artificiais (US$ 29,9 milhões) e fibras simples (US$ 26 milhões) nos oito primeiros meses do ano.

Outro setor de interesse brasileiro no intercâmbio com os dois países do sudeste asiático é o de máquinas e equipamentos.

Em números gerais, as exportações brasileiras para a Malásia nesse ano somaram US$ 647 milhões, essencialmente minério de ferro (US$ 224 milhões), açúcar (US$ 174 milhões), milho (US$ 41,1 milhões), automóveis (US$ 36,6 milhões) e espingardas de caça (US$ 26,6 milhões), mas as importações avançaram 60% no mesmo período e alcançaram US$ 1,13 bilhão no período.

Com a Indonésia, as exportações atingiram US$ 779 milhões, sendo: soja (US$ 143 milhões); açúcar (US$ 135 milhões); semimanufaturados de aço (US$ 91 milhões); algodão (US$ 80 milhões) e minério de ferro com US$ 77 milhões em vendas.

No entanto, as importações cresceram 50% no mesmo período e somaram US$ 947 milhões, sendo principalmente: circuitos integrados (US$ 184 milhões); microprocessadores (US$ 115 milhões); circuitos monolíticos (US$ 48 milhões); circuitos eletrônicos (US$ 39,4 milhões) e unidades para discos eletrônicos e discos rígidos com US$ 28,7 milhões em oito meses de 2010.

Além de produtos de informática, importamos US$ 103,7 milhões em luvas de borracha vulcanizada e US$ 222,8 milhões em borracha natural ou granulada.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria