Dólar segue em alta, e opera a R$ 2,016

Brasil Econômico
Dólar segue em alta, e opera a R$ 2,016Em mais uma sessão de liquidez reduzida, curva de juros futuros da BM&F Bovespa opera próxima da estabilidade, com leve viés de queda.

O dólar mantém a recente trajetória de valorização ante o real, com o governo aparentemente avalizando a cotação da moeda acima dos R$ 2,00.

Há pouco a divisa operava com ganhos de 0,24%, negociada a R$ 2,016 para venda.

O Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, avançava 0,51%.

O acordo alcançado entre o Chipre e a troika não agradou os investidores, que respondem com novas perdas nos índices acionários das principais bolsas - o Dow Jones recuava 0,43%, e o DAX-30, de Frankfurt, cedia 0,25%.

Enquanto a cautela no mercado financeiro global prosseguir, por mais que o dólar persista acima de R$ 2,00, o Banco Central (BC) não deve intervir, na avaliação de Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Do último dia 11 até sexta passada, a moeda americana já apreciou 2,86%.

"O BC deve intervir somente quando o dólar estiver subindo por outro motivo que não o cenário externo ruim", avalia o especialista.

"Se o mercado disparar repentinamente para R$ 2,05, sem nenhum motivo aparente, é bem provável que a autoridade entre, mas dentro da conjuntura atual não estou conseguindo ver isso", diz Galhardo.

Juros

Apesar da terceira elevação seguida na projeção do Focus para a taxa Selic, a curva de juros futuros da BM&FBovespa opera perto da estabilidade, com leve viés de baixa, influenciada pelo mau humor que atinge os mercados de bolsa.

Além disso, embora a estimativa para os juros tenha subido de 8,25% para 8,50%, contra 7,25% há quatro semanas, por outro lado o prognóstico dos especialistas consultados pelo BC para o IPCA de 2013 caiu de 5,73% para 5,71%.

Mais negociado, com giro de R$ 11,793 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 seguia nos mesmos 7,76% do último fechamento, enquanto o para janeiro de 2015 recuava de 8,51% para 8,49%, com volume de R$ 6,639 bilhões.

O IPC-S, acima do esperado pelo mercado - acelerou de 0,63% para 0,78%, ante a projeção que indicava 0,68% - não foi suficiente para elevar a curva.