PUC goiana quer intercâmbio com árabes

Durante encontro de embaixadores árabes com estudantes e professores da universidade, reitor propõe enviar alunos brasileiros aos países do Oriente Médio e do Norte da África e receber estudantes.

São Paulo – A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) e os embaixadores árabes poderão fazer um intercâmbio de estudantes. A proposta foi apresentada nesta sexta-feira (01) pelo reitor, Wolmir Amado, durante encontro com o Conselho de Embaixadores Árabes à universidade. A visita dos diplomatas foi o último compromisso da missão de embaixadores ao estado de Goiás, promovida em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

A proposta do reitor da PUC é que a universidade goiana envie um estudante para cada um dos 22 países árabes e receba, em troca, um estudante de cada um desses países para passar uma temporada no Brasil. "É uma forma de promover a mobilidade estudantil e de intensificar os estudos em diversos setores, como o científico e o cultural", afirmou Amado após o encontro com os embaixadores, que foi acompanhado pelos alunos de Relações Internacionais da instituição.

Marcos Carrieri/ANBA Marcos Carrieri/ANBA
Embaixadores e alunos: troca de informações
Atualmente, a PUC de Goiás tem parcerias com mais de 300 universidades no exterior para intercâmbio estudantil. Uma dessas universidades é a libanesa Saint-Espirit de Kaslik, com a qual assinou um acordo em 2012 que prevê o intercâmbio dos programas de mestrado e doutorado. 

Esta foi a segunda proposta de intercâmbio recebida pelos diplomatas árabes nesta missão a Goiás. Na quinta-feira (28), o governador do estado, Marconi Perillo, também propôs aos embaixadores realizar um intercâmbio de estudantes. Perillo sugeriu que 50 estudantes árabes recebam bolsas de estudo no Brasil. Ele afirmou que o governo goiano pode se comprometer com as despesas de hospedagem e alimentação dos alunos.

Também no encontro realizado na PUC, o embaixador da Argélia no Brasil, Djamel Bennaoum, sugeriu que após essa missão dos embaixadores ao estado sejam feitas visitas de cada um dos diplomatas à universidade e às empresas e instituições públicas goianas. "Hoje foi uma aula magna na PUC, mas podemos fazer encontros separados para que os estudantes conheçam as realidades, demandas e tecnologias de cada país", disse.

Balanço positivo

Após o último evento da missão, os embaixadores retornaram à Brasília. Antes, o decano do Conselho de Embaixadores, o palestino Ibrahim Alzeben, afirmou que esta visita a Goiás foi "produtiva" e deverá "em breve" resultar em negócios para o Brasil e para os países árabes.

"Conseguimos identificar a boa disposição das autoridades goianas e das instituições econômicas do estado, o que abre espaço para futuras parcerias e investimentos. Essa missão será seguida por contatos bilaterais. Sei que já vai começar a dar frutos em breve com projetos de cooperação na produção de medicamentos e de etanol, além de um intercâmbio acadêmico", disse Alzeben.

O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que a visita dos embaixadores a Goiás serviu para mostrar a eles as oportunidades que existem na região. "A missão foi positiva porque abriu boas perpesctivas para conhecimento dos embaixadores em relação ao estado de Goiás e da comunidade acadêmica em relação aos países árabes, tanto é que já está sendo agendada uma visita de brasileiros para a região", disse Alaby.

Além de duas missões do governo goiano no segundo semestre, um grupo de empresários deverá visitar o Salão Internacional da Agricultura, no Marrocos, em abril. Se a visita for confirmada, eles deverão passar também pelo Sudão.