15/09/2010
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) realiza, de hoje (14/9) até dia 20 de setembro, missão comercial para Argélia e Omã, com a presença de empresários dos setores de infraestrutura, agronegócio e segurança alimentar. O grupo, chefiado pelo ministro Miguel Jorge, também tem a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Em Argel, capital da Argélia e primeira parada do grupo, Miguel Jorge será recebido pelo ministro do Comércio do país, Mustapha Benbada, nesta quarta-feira. Amanhã (15/9), estão previstas reuniões com os ministros da Indústria, Pequenas e Médias Empresas e da Promoção dos Investimentos, Mohamed Benmeradi, e da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rachid Benaïssa. Na parte da manhã, a delegação brasileira participa do "Seminário sobre o Plano Quinquenal 2010-2014", programa de investimentos do governo argelino que espera investir US$ 286 bilhões em infraestrutura, desenvolvimento econômico e outras áreas.
Dia 17 de setembro, os brasileiros chegam a Muscate, capital de Omã, onde o ministro será recebido pelos ministros do Comércio e da Indústria, Maqbool bin Ali bin Sultan, Economia Nacional, Ahmed bin Abdulnabi Macki, do Petróleo e Gás, Senhor Mohammed bin Hamad al Rumhi, e da Agricultura, Sheik Salim bin Hilal Al Khalili. Além da capital, o grupo também visitará a cidade de Sohar.
Argélia
De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Argélia registrou crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,0% em 2009 (US$ 140,8 bilhões), situando o país como a 50ª economia mundial. Para 2010 e 2011, há previsão de crescimentos de 4,6% e 4,1%, respectivamente. A renda per capita, em 2009, foi de US$ 4 mil, para uma população de 35 milhões de habitantes.
Nos primeiros oito meses de 2010, as exportações brasileiras para a Argélia somaram US$ 459 milhões, significando retração de 2,2% em relação a igual período de 2009, em que foram registradas vendas de US$ 469 milhões. A participação das exportações para o mercado argelino, em relação ao total exportado pelo Brasil, foi de 0,4%, colocando o país na 43ª posição de mercados compradores.
As importações brasileiras provenientes da Argélia, em igual período, cresceram 82,2%, ao passarem de US$ 947 milhões para US$ 1,7 bilhão, com o país detendo participação de 1,5% nas compras totais brasileiras, acima da registrada em igual período de 2009, de 1,2%. O país foi o 16º fornecedor ao mercado brasileiro no acumulado janeiro-agosto de 2010.
Nos primeiros oito meses de 2010, a pauta de exportação brasileira à Argélia foi composta de 77,2% de produtos industrializados e 22,1% de básicos. Os principais itesns vendidos ao mercado argelino foram açúcar, carne de bovino, óleo de soja, máquinas e aparelhos para terraplanagem e perfuração e leite e creme de leite concentrado.
Nas importações, a pauta compreende basicamente naftas, petróleo em bruto, GLP e fosfatos de cálcio, respondendo, respectivamente, por 74,9%, 13,4%, 9,9% e 1,7% da pauta total.
Omã
Omã registrou crescimento real do PIB de 3,4% em 2009, o qual totalizou US$ 53,4 bilhões, sendo a 68ª economia mundial, segundo dados do FMI. Para 2010 e 2011, o órgão prevê crescimento de 4,7%. A renda per capita do país foi equivalente a US$ 18 mil (37ª do mundo), para uma população estimada em 2,96 milhões de habitantes.
De janeiro a agosto de 2010, as exportações brasileiras para Omã somaram US$ 82,2 milhões, correspondendo a um acréscimo de 10,9% sobre igual período de 2009, de US$ 74,1 milhões. A participação das exportações para Omã, em relação ao total exportado pelo Brasil, foi de 0,07%. A pauta de exportação foi composta por 69,3% de produtos básicos e 30,5% de industrializados.Os produtos brasileiros mais vendidos para o país foram carne de frango, semimanufaturados de ferro ou aço, açúcar refinado, enchidos de carne e milho em grãos.
Quanto às importações brasileiras provenientes de Omã, nos oito meses de 2010, as aquisições chegaram a US$ 2,8 milhões situando-se 4.567% acima dos US$ 60 mil contabilizados em idêntico intervalo de 2009. Nesse caso, a pauta é extremamente concentrada, com um só produto, chapas de plástico, sendo responsável por 87,1% do total adquirido.