O setor industrial brasileiro, medido pelo Índice Gerente de Compras, atingiu 52,5 pontos em fevereiro, valor ligeiramente abaixo dos 53,2 pontos em janeiro, quando atingiu recorde de alta em 22 meses.
Apesar da retração, o resultado continuou acima dos 50 pontos, que indicam expansão.
De acordo com a pesquisa elaborada pelo HSBC, a produção industrial cresceu pelo sexto mês consecutivo com as empresas aumentando a produção em resposta aos níveis crescentes de novos trabalhos recebidos.
"Ainda que esta moderação tenha sido refletida em todos os principais componentes do PMI, inclusive produção, novas encomendas e encomendas de exportação, os dados reforçam a percepção de que a atividade econômica na indústria de transformação no primeiro trimestre do ano está mais firme do que no segundo semestre de 2012, em linha com nosso cenário de recuperação gradual da economia como um todo", destaca André Loes, economista-chefe do HSBC.
De um modo geral, os fabricantes citaram as melhores condições do mercado interno como o principal estímulo para o crescimento, embora algumas empresas tenham se beneficiado também de um aumento modesto nos novos pedidos para exportação.
O nível de novos negócios para exportação cresceu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, com a taxa de crescimento ficando apenas marginalmente menos acentuada do que a indicada no mês anterior.
As empresas atribuíram as vendas de exportação a uma ligeira melhoria nas condições do mercado global.
A pesquisa mostra ainda que a recuperação no setor industrial brasileiro estendeu-se para o mercado de trabalho, com os fabricantes aumentando o nível de empregos pelo segundo mês consecutivo.
Embora a taxa de crescimento de empregos tenha permanecido marginal apenas, ela foi, ainda assim, apenas ligeiramente mais lenta do que o pico de onze meses observado em janeiro.
Porém, os sinais de que as exigências atuais de demanda estavam pressionando a capacidade permaneceram evidentes, como ressaltado por mais um aumento dos pedidos em atraso.