Dólar opera perto da estabilidade

Brasil Econômico
Dólar opera perto da estabilidadeCurva de juros futuros da BM&F Bovespa opera em leve baixa, em mais uma sessão de liquidez reduzida.

O dólar opera sem variação percentual frente ao real neste primeiro pregão de abril (1°/4).

A moeda americana tinha uma ligeira desvalorização de 0,04%, negociada a R$ 2,02 para venda.

O movimento não acompanha a tendência que prevalece no exterior - o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,37%.

"No Brasil, a tendência é de pressão por valorização do dólar frente ao Real, até que o acordo com o Chipre seja detalhado", diz Flávio Combat, da Concórdia, em relatório. "O Banco Central (BC) deve intervir para conter o excesso de volatilidade", emenda.

No boletim Focus desta semana, os economistas consultados pela autoridade monetária mantiveram inalterada, pela quinta vez consecutiva, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2013 em R$ 2,00. Para 2014, o prognóstico foi de R$ 1,99 para R$ 2,00.

Juros

No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva também segue sem grandes variações, com viés de baixa, influenciada pelo IPC-S.

A liquidez mais uma vez se apresenta bem abaixo do usual.

Mais negociado, com giro de R$ 9,294 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,78% para 7,77%, enquanto o para janeiro de 2015 descia de 8,52% para 8,50%, com volume de R$ 7,197 bilhões.

"Em declarações recentes, o BC enfatizou que alterações na política monetária devem ser conduzidas com "cautela", o que pode ser interpretado ou como uma sinalização da eventual postergação do início do aperto monetário para maio ou como um indicativo de que a autoridade monetária poderá lançar mão de outros instrumentos de controle da liquidez e do crédito antes de promover um aumento dos juros (através das medidas macroprudenciais, empregadas em passado recente)", avalia Combat.

Para o economista da Concórdia, o BC dará início ao ciclo de aperto monetário na reunião do Copom que acontece em maio, com três elevações seguidas de 0,50 ponto percentual.