Porto de Santos: Para evitar lentidão na Anchieta, Docas exige dados operacionais de terminais


por RedacaoT1
Foto: Reprodução
A partir de terça-feira, os terminais públicos e privativos do Porto de Santos são obrigados a informar com antecedência suas programações logísticas à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária.
Eles devem interligar seus sistemas logísticos ao Sistema de Gestão de Tráfego de Caminhões da estatal, o que permitirá à Docas conhecer o planejamento operacional de cada instalação e, principalmente, se o agendamento para a chegada de caminhões e carretas está sendo respeitado.

A medida da Codesp é uma tentativa de dar resposta a anos de congestionamento nas rodovias que dão acesso ao porto, problema que se transformou em caos completo nos últimos 50 dias. Na terça-feira, num cenário de tensão muito grande, assaltantes ameaçavam os motoristas.
Durante o mês passado, com a chegada da safra de soja, os problemas estavam concentrados na Margem Esquerda (Guarujá). Desde o início deste mês, com a vinda da safra de açúcar, a Via Anchieta, que serve a Margem Direita do complexo (Santos) foi a mais afetada.
De acordo com a resolução, as empresas devem passar “on-line” informações como o total de caminhões agendados para chegar a suas instalações no dia e a programação de movimentação de cargas. A Codesp destaca que a medida é válida para operações de importação ou exportação e terminais de granéis sólidos, líquidos, carga geral, contêineres e veículos.
A Docas ainda estabeleceu, na resolução, que os terminais serão responsáveis por informar seus clientes e fornecedores da obrigatoriedade da nova medida. E determinou que eles deverão considerar o agendamento, desde a origem, para entrada dos caminhões nos pátios reguladores da região e que “os veículos só poderão se dirigir ao respectivo terminal portuário quando existirem vagas no estacionamento rotativo a ele designado”.
A ideia da Codesp é, com base nessas informações, monitorar plenamente a chegada de veículos ao Porto. A estatal conta com equipes de trânsito fiscalizando o tráfego de caminhões. Com as informações passadas, será possível identificar quais terminais receberam (acidentalmente ou não) um número de veículos maior do que o programado ou além de sua capacidade.
Na prática, os terminais já eram obrigados a passar essas informações à Docas, mas somente 30 dos 72 o faziam, segundo a estatal. Alguns enviavam os dados por fax, outros por e-mail. Agora, todos deverão repassar suas programações pela internet.
Fonte: A Tribuna, Por José Claudio Pimentel