Após sequência de quedas, curva de juros futuros opera com leve alta, em sessão marcada pela liquidez extremamente reduzida.
O dólar opera sem variação frente ao real no pregão desta quarta-feira (24/4), em movimento alinhado à tendência que prevalece no exterior.
Com mínima de R$ 2,020, baixa de apenas 0,19%, há pouco a moeda americana seguia cotada para venda nos mesmos R$ 2,024 do fechamento de ontem.
Outras divisas também tem um pregão de fraca volatilidade - o euro avançava 0,02%, e o dólar australiano operava estável, enquanto o iene ganhava 0,08%.
A falta de tendência dos índices acionários dos Estados Unidos, com o S&P em leve alta de 0,03%, e o Dow Jones em queda de 0,16%, contribuem para a fraca movimentação cambial do dia.
Dados sobre a economia americana abaixo das expectativas, sobre os pedidos de bens duráveis, batem de frente com resultados corporativos acima do esperado, de gigantes como Ford e Credit Suisse, o que causa a falta de rumo geral dos mercados.
O resultado do déficit em conta corrente do país em março, de US$ 6,873 bilhões, o pior para o período desde o início da série histórica, em 1980, não fez preço no câmbio doméstico.
Até porque, em contrapartida, o Banco Central (BC) também informou que o saldo entre a entrada e a saída de dólares no país, o fluxo cambial, ficou positivo em US$ 1,116 bilhão em abril, até o dia 19.
O resultado foi puxado pelas operações comerciais, superavitárias em US$ 4,093 bilhões, com US$ 16,068 bilhões em exportações e US$ 11,975 bilhões em importações.
A aguardada entrada de fluxo por conta do início das vendas da safra agrícola parece começar a dar os primeiros sinais.
Ainda assim, no mesmo período de 2012, o fluxo cambial ao país estava positivo em US$ 4,634 bilhões.
O fluxo financeiro, por outro lado, ainda não refletiu a liquidez despejada no mercado pelo Banco do Japão, e ficou negativo em US$ 2,977 bilhões em abril, até a última sexta-feira.
No acumulado de 2013, o fluxo está negativo em US$ 983 milhões, contra o fluxo positivo de US$ 23,362 bilhões na mesma época do ano precedente.
Juros
No mercado de juros futuros da BM&FBovespa, a curva opera em leve alta, após a sequência de quedas que teve início após a decisão do Copom, uma semana atrás.
No entanto, a liquidez está muito abaixo do usual nesta quarta, o que impede interpretações mais confiáveis quanto aos reais motivos que impulsionam a elevação dos prêmios.
Mais negociado, com giro de R$ 8,822 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 subia de 8,26% para 8,28%, enquanto o para janeiro de 2014 avançava de 7,81% para 7,82%, com volume de R$ 3,486 bilhões.
Os índices inflacionários divulgados, para seguir a tendência do dia, vieram em rumos opostos.
O IPC-S desacelerou de 0,65% para 0,54% na terceira leitura do mês corrente. Já o IPC da Fipe subiu 0,09 ponto percentual, para 0,17%.
