Dólar barato asfixia empresa de guindastes

    VALOR ECONÔMICO
    De São Paulo
    27/10/2009

Para competir com os chineses, a fabricante de guindastes Madal Palfinger aumentou a produtividade em 30% em três anos, mas o ganho de eficiência já foi engolido pela valorização do câmbio. Segundo o presidente da empresa, Herbert Karly, a companhia poderá sair do setor de guindastes telescópicos porque os produtos importados da China chegam a custar 40% a 50% a menos do que os seus. O grande culpado é o dólar barato, diz ele, que também reclama da carga tributária.

Karly diz que 300 dos 580 empregos da Madal Palfinger estão em risco. Segundo ele, a empresa, de Caxias do Sul (RS), continua competitiva no segmento de guindastes articulados. No de telescópicos, porém, a situação está ficando insustentável. "No começo do ano, os produtos chineses estavam 20% mais baratos do que os meus, mas os meus clientes se dispunham a pagar mais por causa de fatores como o serviço de pós-venda, a assistência técnica, a entrega de peças em 48 horas e o histórico de relacionamento", conta Karly. "Com uma diferença de 40% a 50%, a questão do bolso fala mais forte."

Karly diz que, com um dólar na casa de R$ 2,10 a R$ 2,20, a sua empresa volta a ser competitiva. Abaixo disso, é complicado. Com a dificuldade em concorrer no mercado de guindastes telescópicos, a empresa já começou o desenvolvimento de novos produtos, diz Karly, que tem como seus principais clientes os setores de construção civil, mineração, petróleo e gás e infraestrutura. (SL)

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