NÃO HAVERÁ GRANDES IMPACTOS NO CÂMBIO COM A MUDANÇA NA ALÍQUOTA DO IOF, AVALIA BARRAL

Não haverá grandes impactos no câmbio com a mudança na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em investimentos externos de renda fixa, anunciada ontem (4) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A avaliação é do secretário do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.

Segundo ele, o que pode ocorrer é que se evite a desvalorização do dólar, como aconteceu no primeiro semestre deste ano. "Nós não vamos deixar de ter uma moeda flutuante. Mudanças que podem ocorrer são essas de permitir mais facilmente remessas para o exterior, incentivar investimentos brasileiros no exterior, medidas que gerem equilíbrio entre entrada e saída de capital", afirmou.

Para o secretário, a alteração não resolverá o problema cambial do país, porque a valorização do real tem vários fatores, mas é uma medida importante para mostrar que o governo está preocupado com isso. "Essa mudança no IOF é seguramente uma reação a essa sobrevalorização do real e teve efeito positivo quando foi aplicada no primeiro semestre", disse Barral após participar hoje (5) de reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com o secretário, o tema mais discutido na reunião com os empresários da Fiesp foi o câmbio. "Uma preocupação deles é de que a manipulação cambial se estenda para outros países e mercados onde eles atuam e que estão sendo afetados por essa manipulação, já que o Brasil é o país que mais teve valorização cambial nos últimos dois anos", afirmou.

Fonte: Agência Brasil