Curva de juros futuros devolve parte da abertura da véspera e opera em baixa, também por influência da desaceleração do IGP-M.O dólar mantém a tendência de alta frente ao real, que já prevaleceu no pregão passado, ainda que ocorra de maneira modesta na sessão desta quarta-feira (10/1).
A moeda americana operava com valorização de 0,14%, negociada a R$ 2,041 para venda, após o avanço de 0,39% na véspera.
A recuperação de valor do dólar no dia anterior decorreu da sinalização de que o Banco Central (BC) não irá rolar as linhas de swap ofertadas no final do ano passado.
Embora alguns players ainda apostassem em novas injeções de liquidez por parte da autoridade monetária neste momento, João Medeiros, diretor da Pionner, lembra que os leilões do fim de 2012 foram para prover liquidez em caso de escassez, mas não representavam uma postura do BC ante um determinado patamar no qual o dólar se encontrava.
No entanto, o especialista nota que, até o final do mês que vem, a autoridade pode ter de voltar a ofertar divisas no mercado, caso a taxa da moeda se aproxime de R$ 2,05.
"As exportações, principalmente das commodities agrícolas, começam a partir do final de fevereiro. O saldo comercial passa a crescer efetivamente a partir desse período", pontua Medeiros.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa opera em queda nesta quarta, após a significativa abertura da véspera, que refletiu a preocupação dos operadores de que o risco de racionamento de energia não traria a queda na conta de luz intencionada pelo governo.
Mais negociado, com giro de R$ 6,319 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2013 recuava de 7,08% para 7,06%, enquanto o para janeiro de 2014 caía de 7,16% para 7,14%, com volume de R$ 3,816 bilhões.
O IGP-M, que desacelerou para 0,41% no primeiro decêndio de janeiro, ante os 0,50% no mesmo período do mês anterior, contribui para a diluição verificada nos prêmios.
