Três setores explicam maior parte do resultado negativo

Valor Econômico - 24/11/2011

Apesar do crescimento das exportações acompanhar o das importações neste ano, o déficit na balança de serviços segue alto. Apenas três segmentos somados - viagens, transportes e aluguel de equipamentos - acumularam um déficit de US$ 32,3 bilhões com o exterior entre janeiro e outubro deste ano. Sem essas áreas, a balança de serviços do país poderia ser superavitária em US$ 1,1 bilhão. A importação dos três setores no período representa 67% do total.

Até outubro, os brasileiros gastaram US$ 17,2 bilhões com viagens ao exterior, setor mais movimentado dentro de serviços. O fluxo de estrangeiros que visitou o país deixou dentro das fronteiras brasileiras US$ 5,5 bilhões, o que não foi o suficiente para zerar a conta, que ficou deficitária em US$ 11,7 bilhões.

Outro setor, o de transportes, que abarca os custos com viagens para dentro e fora do país, registrou US$ 11,1 bilhões em despesas, deixando o saldo nesse componente negativo em US$ 4,8 bilhões. Praticamente nulo em receitas com aluguel de equipamentos (USS 58 milhões), o Brasil gastou US$ 13,5 bilhões com esse tipo de operação.

Por outro lado, dois setores dentro da área de serviços empresariais, profissionais e técnicos apresentaram resultados favoráveis à balança. Enquanto o país gastou US$ 976 milhões com instalação e manutenção de escritórios, administrativos e aluguéis, a renda gerada com esse tipo de trabalho vendido ao exterior ultrapassou US$ 5,4 bilhões. Serviços de arquitetura, engenharia e outros técnicos também trouxeram divisas: US$ 5,7 bilhões. Os gastos, no entanto, somaram US$ 3,4 bilhões.

O setor de construção civil não entra na cesta da balança. De acordo com o Banco Central, como os trabalhos em uma obra geralmente ultrapassam um ano, os resultados dessas atividades entram na conta total como rendas de investimento.

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