Dólar completa quinto dia de baixa e cai 5,9% no ano

Por Eduardo Campos | Valor
20/01/2011

SÃO PAULO – Os investidores ensaiaram uma correção de preço no começo do pregão, levando o dólar a R$ 1,774 (+0,62%), mas no fim das contas as ordens de venda acabaram prevalecendo pelo quinto pregão consecutivo.

No fim do dia, o dólar comercial apontava queda de 0,22%, a R$ 1,759 na venda. Esse é o menor preço desde 11 de novembro de 2011, quando a moeda fechou a R$ 1,744. Na semana, o dólar perdeu 1,73% e acumula baixa de 5,90% neste começo de 2012.

Olhando a relação pelo outro lado, o real continua sendo a moeda com maior valorização ante o dólar neste começo de ano considerando uma cesta com divisas emergentes e desenvolvidas.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto caiu 0,84%, a R$ 1,7586, com giro de US$ 72,25 milhões.

Também na BM&F, o dólar para fevereiro mostrava queda de 0,39%, a R$ 1,7645, antes do ajuste final.

Segundo o superintendente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Siaca, o motivo para esse fortalecimento da moeda brasileira continua o mesmo: o fluxo de recursos em direção ao país, que segue robusto.

Além das captações de empresas e bancos, Siaca chama atenção ao dinheiro aplicado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). São R$ 3,5 bilhões em ingressos estrangeiros no mercado de ações até o dia 18.

Segundo o superintendente, é fato que teremos correções de curto prazo tanto no preço do dólar quanto na Bovespa, que já sobe mais de 9% no ano. Mas o quadro só mudaria definitivamente no caso de alguma catástrofe na zona do euro ou de firme intervenção do governo no mercado de câmbio.

Na visão do especialista, o piso de curto prazo para o dólar está em R$ 1,75 e é possível que o governo tente defender essa linha de preço.

Ao longo da semana saíram algumas notícias dando conta da preocupação do governo com o comportamento do câmbio, bem como sobre a possibilidade de medidas visando segurar a valorização do real. Mas o assunto não se mostrou determinante na formação de preço da taxa de câmbio.

(Eduardo Campos | Valor)

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