Pressionado pelo avanço do euro, dólar desce a R$ 1,749

O Estado de S. Paulo - 24/01/2012

O dólar manteve-se em baixa ante o real e desceu para o patamar de R$ 1,74 no mercado de balcão, pressionado pelo avanço do euro para acima de US$ 1,30 em meio a esperanças renovadas sobre uma conclusão para a reestruturação da dívida grega. Ontem a tarde, uma fonte do Ministério de Finanças disse que a Grécia pretende fazer uma oferta formal para seus credores privados sobre um programa de swap (troca) de bônus até 13 de fevereiro. Os leilões de bônus de Alemanha e França dentro das expectativas e a melhora do índice de confiança do consumidor na zona do euro em janeiro também deram impulso à divisa única da Europa, que puxou junto outras moedas, como iene, franco suíço e real. O dólar à vista caiu 0,57%, para R$ 1,7490 no balcão. Em janeiro, a djvjsa norte-americana acumula perda de 6,42%. Nos negócios locais, o recuo da moeda dos EUA foi limitado pelo fluxo cambial negativo. Segundo o economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora, o dólar chegou a um preço considerado atrativo, que estimula compras por importadores e empresas para remessas de juros sobre capital ou de dividendos ao exterior. A possibilidade de o governo adotar novas medidas cambiais segue no radar do mercado e contribui de certa forma para restringir o espaço de baixa das cotações.

A disparada das ações de Petrobrás, de quase 4%, foi determinante para a Bovespa adiar o esperado movimento de realização de lucros e se sustentar em alta pelo sexto pregão consecutivo. Os investidores aprovaram a indicação da diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Silva Foster, para a presidência da companhia em substituição a José Sérgio Gabrielli. Eles gostaram do fato de ter sido uma escolha técnica e não política. Assim, após oscilar durante a sessão, o Ibovespa teve leve alta de 0,12%, aos 62.386 pontos, com as compras novamente lideradas por estrangeiros.

O mercado de juros já entrou em vigília pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai na quinta-feira. Assim, os agentes financeiros deixaram de lado a mudança no ritmo de queda da taxa básica de juros, a Selic, trazida pela pesquisa Focus, que na visão dos agentes financeiros será mais gradual. Ao invés de corte de 0,50 ponto porcentual, o mercado agora enxerga espaço para redução menor, de 0,25ponto, da Selic em abril, seguido por pausa até agosto, quando então viria outra redução, também de 0,25ponto. As taxas futuras de juros registraram pequena alta tanto nos vencimentos curtos como longos.

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