Dólar sobe 0,69% com baixo volume e fluxos pontuais

Brasil Econômico - 14.06.2013
Dólar sobe 0,69% com baixo volume e fluxos pontuaisDados da BM&F apontam giro financeiro em torno de US$ 1,7 bilhão. O volume médio diário no mês até a véspera era de US$ 2,6 bilhões.
O dólar encerrou em alta ante o real nesta sexta-feira (14/6), acompanhando as flutuações da divisa nos mercados internacionais, uma vez que baixíssimo volume de negociações verificado no pregão ampliou o impacto de operações pontuais de saída de dólares.
A moeda norte-americana ganhou 0,69% ante o real, para R$ 2,1481 na venda. Na semana, a divisa norte-americana acumulou alta de 0,72% ante o real.
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão. Em comparação, o volume médio diário no mês até a véspera era de cerca de US$ 2,6 bilhões.
"Algumas operações que deram um fluxo negativo no mercado influenciaram", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira. "Com o pouco volume que a gente viu, qualquer tipo de ação gera uma variação no mercado de câmbio".
Mais cedo, o dólar atingiu R$ 2,1212 na mínima do dia, refletindo a medida do governo de zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre posições cambiais vendidas líquidas, retirando uma barreira para a entrada de divisas no país.

"O mercado está se ajustando a essa nova política do governo de maior facilidade de entrada de dólares com a retirada do imposto sobre a posição vendida do derivativo", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem o dólar deve cair aos poucos nas próximas sessões e encontrar um ponto de equilíbrio perto de R$ 2,10.
Outros operadores, no entanto, defendiam que ainda era cedo para determinar uma tendência de queda do dólar, diante do cenário externo ainda complicado.
A redução do imposto levou a o dólar a perder 0,96% ante o real no pregão da véspera, após fechar no patamar de R$ 2,15 pela primeira vez em mais de quatro anos. Analistas afirmam, entretanto, que o impacto da medida deve ser limitado diante das expectativas de menor liquidez nos mercados internacionais.
No exterior, moedas de perfil semelhante ao real perdiam valor ante o dólar. O dólar australiano, por exemplo, recuava 0,51% frente à divisa dos EUA, enquanto a moeda norte-americana avançava 0,55% ante o peso mexicano.