Importadoras recuam

Correio Braziliense - 24/09/2011

Os importadores independentes de veículos desistiram de entrar na Justiça com uma ação contra o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos percentuais, para carros trazidos do exterior.

O setor ameaçava recorrer a um mandado de segurança com o intuito de ampliar de 45 dias, anunciados pelo governo, para 90 o prazo de implantação do novo regime.

Os 27 representantes de marcas associadas à Abeiva — associação que defende o setor — rechaçaram a ideia de declarar guerra ao governo. Em reunião realizada ontem, os importadores chegaram a um consenso de que devem buscar um diálogo com o Palácio do Planalto, na tentativa de alterar a situação.

Os empresários se reuniram ontem com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para expor suas insatisfações, mas não obtiveram resposta positiva. A intenção de acionar a Justiça foi levantada depois que, paralelamente, a companhia responsável pela importação da marca Chery conseguiu uma liminar que impede o acréscimo do IPI para seus carros antes de 90 dias — prazo constitucional para a aplicação de novos impostos.

Suspensão
Outra marca diretamente afetada pela decisão, a chinesa Jac Motors, confirmou ontem que suspendeu os planos de instalar uma fábrica no Brasil, até que a medida seja revista.

"Para se enquadrar na legislação e não ter IPI maior, tem que ter conteúdo local de 65 por cento. Qualquer fábrica do mundo não consegue atingir isso no primeiro ano. Não faz sentido investir milhões de reais e, assim que começar a fabricar nossos carros, continuarmos pagando IPI equivalente ao de carro importado", comunicou a empresa.

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