G20 adverte que recuperação econômica continua frágil

da France Presse, em Paris

A reativação mundial continua frágil e requer uma coordenação de política econômica do G20 para evitar outra crise, advertiram os líderes do grupo de potências industrializadas e emergentes.

"A incipiente reativação econômica continua sendo muito frágil", afirma a mensagem dos presidentes americano Barack Obama, francês Nicolas Sarkozy, sul-coreano Lee Myung-Bak e dos primeiros-ministros britânico Gordon Brown e canadense Stephen Harper, em uma carta dirigia a seus colegas do G20 com data de 25 de março.

"As atuais tensões ilustram os riscos que persistem para a economia mundial e a estabilidade financeira", acrescentam os líderes, segundo a carta enviada nesta terça-feira à France Presse pela presidência francesa e redigida visando as próximas reuniões do G20 em junho, em Toronto (Canadá), e novembro, em Seul.

"Escrevemos para enfatizar a necessidade de aplicar nossos compromissos de coordenar nossas políticas macroeconômicas", tal como se decidiu no G20 de Pittsburgh (Estados Unidos), em setembro de 2009, indica a carta.

Em Pittsburgh, os líderes do G20 chegaram a um acordo sobre um regulação mais rígida dos bônus bancários no mundo das finanças e sobre a necessidade de manter os planos de reativação orçamentária.

Seis meses mais tarde, os dirigentes insistem em "manter a vigilância sobre as reformas indispensáveis e para não ceder à complacência durante a recuperação econômica".

"Sem uma ação coordenada para fazer os ajustes necessários, se mantém o risco de um frágil crescimento e uma nova crise", asseguram os líderes.

Os cinco líderes enumeram a lista de compromissos prioritários para as próximas cúpulas do G20, entre eles o desenvolvimento de "regras internacionais reforçadas sobre o capital e a liquidez e de infraestruturas chaves dos mercados financeiros para melhorar sua resistência e reduzir os riscos de contágio".

Fonte: Folha Online