MISSÃO EMPRESARIAL À ÁFRICA DO SUL E ANGOLA TEM EXPECTATIVA DE US$ 49 MILHÕES EM NEGÓCIOS

A missão empresarial organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), terminou nesta quinta-feira (2/12), com a realização de vários encontros entre empresários brasileiros e sul-africanos.

Durante as rodadas de negócios e visitas individuais, representantes de 22 empresas do Brasil conversaram com 56 compradores estrangeiros. A expectativa é de que, nos próximos 12 meses, a venda de produtos brasileiros para a África do Sul gere US$ 20,750 milhões. Em relação às reuniões realizadas em Angola, primeiro destino da missão, o resultado esperado é de US$ 28,3 milhões em exportações brasileiras até dezembro de 2011. O resultado total da missão ao continente somará então mais de US$ 49 milhões.

Rodadas de Negócios

A delegação brasileira comandada pelo secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, ficou dois dias em Joanesburgo. Na quarta-feira (1º/12) pela manhã, foi realizada uma cerimônia de abertura da rodada de negócios com a presença do diretor geral da divisão de Comércio e Investimentos do Departamento de Comércio e Indústria da África do Sul (TISA), Riaan Le Roux, que falou sobre as características do mercado sul africano.

Com 50 milhões de consumidores, a África do Sul importa do Brasil principalmente carne de frango, partes e peças para automóveis, além de veículos de carga como caminhões e tratores. A corrente de comércio entre os dois países cresceu de cerca de US$ 500 milhões em 2000 para um pico de US$ 2,5 bilhões em 2008, seguido de uma queda durante a recessão global.

Até outubro de 2010, as trocas bilaterais foram de US$ 1,76 bilhões. Riaan Le Roux acredita que a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 no Brasil pode contribuir para o fortalecimento das relações bilaterais. Segundo o representante, a recente experiência da África do Sul como sede da primeira copa no continente africano pode gerar oportunidades de comércio de produtos e transferência de competências, conhecimentos e serviços.

O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, destacou que há espaço para o crescimento do volume de exportações para a África do Sul, que, atualmente, representa 0,7% do total das vendas externas brasileiras. "Há oportunidades a serem exploradas em especial em relação ao turismo, além de produtos como o vinho, os minerais processados, químicos e tecnologia da informação", disse. Barral lembrou ainda que um dos maiores limitadores do crescimento das trocas comerciais entre os dois países é a logística. Por isso, segundo o secretário, há empresas brasileiras utilizando Cingapura como entreposto para o transporte de mercadorias para África do Sul.

Facilitação de Comércio

Durante a tarde de quarta-feira, Welber Barral também presidiu uma reunião da comissão de monitoramento do comércio bilateral, ao lado de analistas do MDIC e do adido agrícola da Embaixada do Brasil, Gilmar Henz. Representando o governo da África do Sul, estavam integrantes dos Departamentos de Comércio e Indústria (DTI) e de Agricultura, Florestas e Pesca.

O governo brasileiro negocia o fim do embargo à carne suína, declarado em 2005. Já os sul-africanos querem informações sobre a nova legislação brasileira para importação de vinho, definida pela Instrução Normativa nº 54 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em vigor desde 2009. Os dois lados se comprometeram a fornecer as informações requeridas e marcaram uma nova reunião para março de 2011, na África do Sul.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior