Brasil usa déficit da indústria e nega novas concessões na OMC

Relações externas: País não fará contribuições adicionais, diz embaixador

O embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, disse ontem que a valorização do real nos últimos anos dizimou completamente a proteção oferecida pelas tarifas de importação no Brasil quando foram feitas barganhas para tentar concluir a Rodada Doha, e o país não fará abertura adicional de seu mercado. Ele advertiu que a situação mudou, exemplificando com a reversão de quase US$ 50 bilhões na balança de comércio de produtos industriais em apenas quatro anos, com o país passando de superávit de US$ 14,5 bilhões em 2006 para déficit de US$ 35,3 bilhões este ano nesse segmento.

Fonte: Valor Econômico