Banco libera R$ 17,2 bi em créditos no 1º bimestre

Autor(es): Alexandre Rodrigues
O Estado de S. Paulo - 25/03/2011

Com mais da metade em financiamentos subsidiados pelo PSI, liberações apresentam crescimento de 7%

Puxado pelos financiamentos subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou o ano com alta de 7% nas liberações. Nos dois primeiros meses, o banco emprestou R$ 17,2 bilhões. Pouco mais da metade, R$ 9,7 bilhões, foi liberada pelas linhas do PSI para bens de capital, inovação e exportação. O programa foi prorrogado com reajuste das taxas.

O volume de liberações do BNDES acumulado em 12 meses até fevereiro alcançou R$ 169,6 bilhões, ligeiramente acima do desembolso total de R$ 168,4 bilhões de 2010. Apesar dos sinais de desaceleração da economia, incluindo os investimentos, o superintendente de Planejamento do BNDES, Cláudio Leal, disse que o desempenho no primeiro bimestre não surpreende.

"A alta dos desembolsos é um reflexo do contexto de que a economia continuou aquecida no começo do ano, o que surpreendeu muitos analistas", afirmou Leal. Ele citou o crescimento da produção industrial de 0,2% em janeiro, que mostrou estabilidade no setor contra a expectativa de retração significativa.

As aprovações de pedidos de crédito subiram 27% na comparação entre os primeiros bimestres de 2011 e de 2010, somando R$ 18,8 bilhões no principal indicador do desembolso futuro do BNDES. O volume de pedidos enquadrados pelo banco, considerados aptos para seguir o processo de avaliação, somou R$ 23,7 bilhões no bimestre, alta de 18%.

No entanto, a fase anterior, de consulta, teve queda de 5%, somando R$ 24,6 bilhões, sobretudo para projetos nos setores rodoviário e de energias alternativas, informou o banco.

Leal afirmou que o dado não é um sinal de redução da demanda de crédito para investimentos no banco. "No início de 2010, houve a coincidência de pelo menos dois grandes projetos com valores altos entrando com consultas, o que acabou distorcendo um pouco a comparação com o início deste ano. Mas, se olharmos as consultas em 12 meses, a alta é de 10%." Segundo Leal, o banco não prevê redução significativa da demanda de crédito de longo prazo para projetos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário, muito obrigado pela sua visita!