Decisão muda pouco para importador

Autor(es): Por Carlos Giffoni e Tainara Machado | De São Paulo
Valor Econômico - 21/10/2011

Até 15 de dezembro não haverá tempo hábil para que os importadores façam encomendas e aumentem os estoques no país, aproveitando a alíquota menor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na avaliação da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva). O ciclo de importação ultrapassa 90 dias entre a confirmação do pedido e o desembarque das mercadorias.

A Abeiva fará hoje um levantamento das vendas feitas sob alíquota mais alta e participará das decisões sobre os procedimentos de devolução do IPI em relação às vendas já realizadas - que, segundo estimativas, representam uma pequena parcela do total. "As 27 marcas associadas estão aliviadas, pois será possível planejar a comercialização do atual estoque, bem como programar futuras aquisições", disse, em nota.

Ricardo Strunz, diretor-geral da importadora CN Auto, lembra que nesse meio tempo houve uma variação cambial que deverá ser considerada no cálculo do preço retroativo dos veículos, mas ainda assim as vendas no último mês não tiveram grande relevância, diz ele. "Estávamos vendendo apenas a reposição de estoque, que foi muito baixa. Observamos o que o mercado estava praticando antes de repassar o aumento do IPI", diz ele.

No caso da chinesa Chery, não há efeitos práticos, já que a montadora obteve em 22 de setembro uma liminar que suspendia a cobrança do IPI elevado para carros importados pela empresa. Para Flávio Murta, gerente da Aliança Motors, concessionária da Chery em Belo Horizonte, a decisão do STF dá segurança jurídica ao setor.

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