Dólar cai 2,5%. BC pode cortar juro em 0,5 ponto

Dólar tomba 2,51% e fica abaixo de R$1,80 com rumor sobre fim do IOF
Autor(es): Bruno Villas Bôas Gabriela Valente
O Globo - 07/10/2011

Pela primeira vez em três semanas, o dólar voltou a ser negociado abaixo de R$ 1,80. A moeda recuou 2,51 % e fechou a R$ 1,786. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, indicou que pode cortar os juros básicos em 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, indicou ontem que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá repetir, na reunião nos dias 18 e 19, o corte de 0,5 ponto percentual da taxa Selic que surpreendeu o mercado no fim de agosto. Em discurso em cerimônia na instituição, ele disse que os futuros cortes serão "moderados" e compatíveis com a volta da inflação ao centro da meta de 4,5% no fim de 2012.

A diretoria do Copom chamou a última queda de 0,5 ponto de "moderada". Os agentes financeiros apostam em queda de até um ponto percentual da taxa.

- O Banco Central tem comunicado que, olhando para frente, nas atuais condições, ajustes moderados da taxa de juros são consistentes com a convergência da inflação para o centro da meta em dezembro de 2012, conforme é o nosso objetivo explicitado - disse.

Tombini disse que o BC não abandonou a política de acumulação de reservas e está pronto para voltar a comprar dólares quando for possível. Acrescentou ainda que voltará a agir para garantir a normalidade do câmbio, mas sempre com respeito ao regime de livre flutuação.

O dólar comercial recuou ontem abaixo de R$1,80 pela primeira vez em três semanas refletindo o melhor humor dos investidores nos mercados mundiais e rumores de que o governo brasileiro pode retirar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) das operações de câmbio nos próximos dias. A moeda americana recuou 2,51%, cotada a R$1,786, no terceiro pregão seguido de baixa. No mercado de ações, o Ibovespa, índice referência da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 2,50%, aos 52.290 pontos, o maior avanço em um mês, com ajuda das ações da Petrobras.

Apesar dos rumores, fontes da equipe econômica afirmaram ao GLOBO que o governo não voltará atrás na cobrança de IOF sobre contratos de derivativos cambiais, instituída em julho.

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